Adoçante artificial pode aumentar risco de depressão, diz Harvard

OMS considerou este composto como possível agente cancerígeno e associado a taxas elevadas de depressão

17/08/2024 16:31

Adoçante x depressão: Mulheres participantes da pesquisa preencheram questionários sobre seus hábitos alimentares a cada quatro anos
Adoçante x depressão: Mulheres participantes da pesquisa preencheram questionários sobre seus hábitos alimentares a cada quatro anos - iStock/Andrii Bicher

Estudo lançado recentemente pela Universidade de Harvard em parceria com o Hospital Mass General Brigham, nos EUA, revela que consumo regular de adoçante artificial pode estar intimamente ligado ao aumento do risco de depressão. 

Além dos adoçantes artificiais, os pesquisadores também lançaram suspeitas sobre alimentos ultraprocessados, como salgadinhos, molhos prontos e refeições instantâneas. Eles acabaram apontados como possíveis culpados pelo crescente número de casos de depressão.

Para entender a relação entre os dois fatores, a pesquisa envolveu análise de mais de 30 mil dietas de mulheres, com idades entre 42 e 62 anos, que levou à revelação de cerca de 7 mil casos clinicamente diagnosticados de depressão.

Qual a relação entre adoçante e depressão? 

Para esse estudo, os cientistas deram duas definições para depressão: uma classificação estrita e outra ampla. Na categoria estrita, caíam indivíduos diagnosticados com a doença por um médico e que usavam antidepressivos regularmente. Já na categoria ampla, estavam incluídos pacientes que haviam recebido um diagnóstico clínico de depressão e/ou tomavam antidepressivos.

Com o resultado do estudo, dos 31.712 participantes, 2.122 apresentavam depressão grave, enquanto 4.820 apresentavam depressão ampla.

Apesar das descobertas interessantes, os pesquisadores atestam a necessidade de mais pesquisas para confirmar suas conclusões. “Este estudo fornece uma visão sobre o papel potencial dos adoçantes artificiais na saúde física e mental, Mas isso precisa de confirmação através de mais pesquisas além dos dados observacionais”, afirmou Sharmali Edwin Thanarajah, neurologista na Alemanha.