Analgésico mais comum do mundo pode induzir comportamento de risco
Efeito ocorre quando a pessoa não respeita a dosagem correta e consume o medicamento em excesso
O analgésico mais comum em todo o mundo pode fazer muito mais do que simplesmente aliviar sua dor de cabeça.
O paracetamol, amplamente vendido sob as marcas Tylenol, também pode aumentar a tendência ao comportamento de riscos, de acordo com um estudo.
Segundo os pesquisadores Universidade Estadual de Ohio, o paracetamol parece fazer com que as pessoas sintam menos emoções negativas quando consideram atividades arriscadas.
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Mas isso só acontece quando a pessoa não respeita a dosagem correta e consume o medicamento em excesso.
Os pesquisadores publicaram as descobertas na Social Cognitive and Affective Neuroscience, em julho de 2020.
As descobertas se somam a um crescente corpo de pesquisas que sugerem que os efeitos do paracetamol na redução da dor também se estendem a vários processos psicológicos. Ele estaria ligado a redução da empatia e até mesmo enfraquecimento das funções cognitivas.
De forma semelhante, a pesquisa sugere que a capacidade das pessoas de perceber e avaliar riscos pode sofrer alteração quando tomam paracetamol.
Embora os efeitos possam ser leves — e considerados hipotéticos por enquanto — eles valem a pena ser observados, já que o paracetamol está presente encontrado em tipos diferentes de medicamentos de venda livre.
Detalhe do estudo
O estudo publicado na revista Social Cognitive and Affective Neuroscience analisou 189 voluntários. Eles receberam uma grama do analgésico, dose recomendada para tratar dor de cabeça, por exemplo.
Depois de esperar que o comprimido fizesse efeito, os voluntários precisavam avaliar o risco de várias atividades, numa escala de um a sete.
Os pesquisadores então descobriram que aqueles que tomaram a droga classificaram atividades como “pular de bungee jumping de uma ponte alta” e “caminhar sozinho para casa à noite numa área insegura” como menos arriscado do que as pessoas que tomaram um placebo.
Os cientistas aconselham a realização e pesquisas mais extensas sobre o paracetamol e outras drogas que as pessoas podem consumir diariamente.