Anti-inflamatórios podem oferecer riscos para diabéticos; entenda
O risco está associado, sobretudo, a pessoas acima dos 65 anos ou com diabetes desregulada
O uso a curto prazo de anti-inflamatórios não esteroides (AINES) por pessoas com diabetes tipo 2 pode estar associado a aumento no risco de insuficiência cardíaca, de acordo com estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca.
O risco está associado, sobretudo, a pessoas acima dos 65 anos ou com diabetes desregulada, informa a pesquisa. Analgésicos facilmente encontrados em farmácias como ibuprofeno, celecoxib, naproxeno e diclofenaco estão na lista dos anti-inflamatórios observados pelos especialistas.
Para chegar aos resultados, os pesquisadores selecionaram 331.189 pacientes diagnosticados com diabetes tipo 2, com média de idade de 62 anos e 44% eram mulheres.
- Anti-inflamatório pode causar complicações para pessoas com diabetes, revela estudo
- 5 sinais que podem indicar um ataque isquêmico transitório
- 15 fatores de risco para desenvolvimento e demência precoce
- Saúde do coração pode ser afetada por barulho, indica Harvard
Observados por cerca de seis anos, os pacientes tiveram os dados relacionados com informações sobre prescrição dos anti-inflamatórios. Ao menos 23 mil deles foram hospitalizados pela vez apresentando insuficiência cardíaca.
Com isso foi possível comparar as informações referentes às internações com o uso dos anti-inflamatórios não esteroides. Observou-se, portanto, uma probabilidade 43% maior de desenvolver o problema após o uso dos medicamentos.
Quando inspecionados individualmente, o diclofenaco elevou em 48% esse risco, enquanto o ibuprofeno, em 46%.
Em entrevista coletiva, o Dr. Anders Holt, do Hospital Universitário de Copenhague, Dinamarca, responsável por conduzir o estudo, explicou sobre o prognóstico obtido na pesquisa. “Este foi um estudo observacional e não podemos concluir que os AINEs causam insuficiência cardíaca em pacientes com diabetes tipo 2. No entanto, os resultados sugerem que um risco potencial aumentado de insuficiência cardíaca deve ser levado em consideração ao considerar o uso desses medicamentos”, disse o autor do estudo, Dr. Anders Holt, do Hospital Universitário de Copenhague, Dinamarca.