Antialérgico pode aliviar sintomas da covid longa, conclui estudo
Pacientes relatam melhora significativa nos sintomas após tomar medicamento
Um estudo feito por pesquisadores das universidades da Califórnia, de Indiana e de Miami, observou que antialérgico é capaz de aliviar os sintomas persistentes da covid longa, como a fadiga, por exemplo.
O artigo com a pesquisa foi publicado esta semana no Journal for Nurse Practitioners.
Duas mulheres que tiveram covid-19 em 2020 e passaram a sofrer com os sintomas posteriores à cura foram o foco do estudo. Elas notaram uma melhora considerável depois de tomar anti-histamínicos.
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Uma das mulheres, de 40 anos, sofreu uma série de sintomas, incluindo tosse seca, febre, erupções cutâneas e fadiga, por quase um mês. Ela também apresentou comprometimento cognitivo, conhecido como “névoa cerebral”.
Segundo os autores do estudo, ela tomou antialérgico após ter uma crise de alergia alimentar. O resultado foi uma melhora considerável na fadiga e na névoa cerebral no dia seguinte.
Os sintomas da covid longa, no entanto, retornaram quando ela ficou três dias sem tomar o remédio e melhoraram novamente após ela voltar a tomar.
No segundo caso examinado, outra mulher relatou longos sintomas de covid nove meses após a infecção, incluindo névoa cerebral, fadiga e uma condição conhecida como “dedos de covid”.
Mais de um ano depois de ter sido infectada com o vírus, ela tomou um anti-histamínico e, assim como a primeira paciente, experimentou uma melhora acentuada da névoa cerebral e fadiga na manhã seguinte.
Dois meses após uma dosagem definida por um médico, ela está relatando um retorno de 95% ao funcionamento pré-covid e conseguiu retomar os exercícios físicos.
Apesar dos relatos, os autores, no entanto, destacam que mais estudos são necessários para entender o papel potencial da histamina na no tratamento da covid longa.
O que é covid longa?
Covid longa é um termo que tem sido usado para descrever um quadro de sequela pós-aguda da infecção por SARS-CoV-2 apresentado pelo paciente que se recupera da doença, mas que continua apresentando alguns sintomas, como fraqueza, cansaço e “névoa no cérebro”.
Essas sequelas podem durar meses, como tem sido observado pelos médicos.
Os sintomas também tendem a evoluir, com mais de 200 manifestações relatadas pelos pacientes refletindo o envolvimento de múltiplos sistemas orgânicos.