Covid longa é mais comum em pacientes que tiveram sintomas leves

As sequelas, como a fadiga e a "névoa no cérebro", podem durar meses após a recuperação da doença

Pessoas infectadas pelo novo coronavírus, mas que tiveram sintomas leves têm mais chances de sofrer com a chamada covid longa ou covid prolongada, segundo uma das principais médicas da Inglaterra, a Dra. Melissa Heightman.

Covid longa é um termo que tem sido usado para descrever um quadro apresentado pelo paciente que se recupera da doença, mas que continua apresentando alguns sintomas, como fraqueza, cansaço e “névoa no cérebro”. Essas sequelas podem durar meses, como tem sido observado pelos médicos.

Pessoas que tiveram sintomas leves sofrem mais com a chamada covid longa
Créditos: Tempura/istock
Pessoas que tiveram sintomas leves sofrem mais com a chamada covid longa

Segundo a Dra. Hieghtman, que faz parte do Serviço Nacional de Saúde (NHS) da Inglaterra, os pacientes que são hospitalizados com quadros mais graves têm menor probabilidade de sofrer com sintomas de longa duração.

“Vemos padrões bastante diferentes em pacientes que foram admitidos no hospital com infecção grave em comparação com aqueles pacientes que não foram hospitalizados com a infecção”, disse ela no programa Today da BBC.

“Mesmo neles [pacientes não hospitalizados], o vírus foi capaz de desencadear efeitos que podem contribuir para que não se sintam bem durante meses. Isso é algo que nos surpreendeu”, completou.

Os cientistas acreditam que as reações diferentes são explicadas porque o vírus afeta de maneira distinta esses pacientes. Aqueles que sofrem com as sequelas ainda estão melhorando, mas de forma mais lenta.