Anvisa aprova venda de medicamento contra covid nas farmácias
O medicamento deve ser tomado dentro de cinco dias após o início dos sintomas
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou por unanimidade a venda do medicamento Lagevrio (molnupiravir), utilizado no tratamento da covid-19. Com isso, o medicamento poderá ser vendido em farmácias e hospitais particulares do país.
A venda em farmácias deve ser realizada sob retenção de receita pelo farmacêutico. Uma via da Receita de Controle Especial deve ficar retida no estabelecimento e caberá ao farmacêutico dar as orientações ao paciente sobre o uso correto do medicamento.
A decisão autoriza o fornecimento do medicamento, com a rotulagem em inglês, porém com entrega da bula e folheto informativo aos pacientes abordando as informações referentes à gravidez e lactação, em português.
A bula em português também estará disponível nos sites institucional da MSD Brasil e no global, também será possível escanear o código QR no rótulo do produto que direcionará para o site global da empresa com acesso às bulas.
“A aprovação levou em consideração a venda do medicamento ao mercado privado em outros países com autoridades internacionais de referência, como Estados Unidos, Japão e Reino Unido. A medida também considerou o cenário epidemiológico atual, com a circulação das novas subvariantes da Ômicron e o aumento de casos da doença no país”, informou a Anvisa em nota.
Tratamento
O medicamento deve ser tomado dentro de cinco dias após o início dos sintomas para evitar a progressão da doença, internações e mortes.
“Os medicamentos antivirais para infecções respiratórias agudas devem ser usados o mais cedo possível após o correto diagnóstico da infecção”, afirmou a diretora relatora, Meiruze Freitas. Ela reiterou que o tratamento não substitui a vacinação.
“Reafirmo e enfatizo que os benefícios esmagadores da vacinação na proteção contra as formas graves e óbitos ocasionados pela covid-19, superam em muito o risco das raras reações adversas relacionadas as vacinas aprovadas pela Anvisa”, acrescentou.