Anvisa diz que razão para suspender estudo com CoronaVac foi técnica
Ataque hacker e acesso a informações incompletas teriam motivado a decisão da agência
O diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres, explicou em coletiva de imprensa nesta terça-feira, 10, os motivos que fizeram com que o órgão suspendesse os testes com a vacina CoronaVac. Segundo ele, as razões foram técnicas e que a Anvisa se baseou em informações incompletas sobre o evento adverso em voluntário.
“Documentos claros, precisos e completos precisam ser enviados a nós, o que não aconteceu”, justificou Torres.
A explicação da Anvisa foi dada após tornar-se pública a informação de que o evento adverso registrado foi a morte de um voluntário causada por suicídio, ou seja, sem qualquer relação com o efeito da vacina.
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Mais cedo, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, que coordena o desenvolvimento do imunizante no Brasil, havia garantido que o evento não tinha qualquer relação com a vacina e que essa informação tinha sido enviada à Anvisa no dia 6.
O diretor da Anvisa ainda disse que ataque hacker provocou instabilidade no sistema da agência a impedindo de tomar conhecimento do caso no mesmo dia e que só após receber um segundo aviso do Butantan, no dia 9, decidiu interromper o estudo. Ele ainda garantiu que não havia a informação sobre suicídio.
“Em caso de dúvida, paramos. Pergunto: que mal há em aguardar os documentos? Por que o motivo de correria? Por quê? A ansiedade parece ser maior do que a de todos nós temos aqui na Anvisa que é de fornecer uma resposta”, pontuou o diretor da agência.
A morte do voluntário que tinha 33 anos ocorreu no dia 29 de outubro. Essa seria uma informação sigilosa, porém, por conta de toda a confusão com a Anvisa acabou se tornando pública.