Aparência de Liziane Gutierrez expõe os riscos da harmonização
Modelo coleciona inúmeras cirurgias e procedimentos estéticos. O último, feito em 2018, lhe causou prejuízo à autoestima
A participação de Liziane Gutierrez no reality “A Fazenda“, da Record TV, tem reavivado a discussão sobre os riscos da harmonização facial.
O motivo é a aparência da modelo, que sofreu muitas alterações nos últimos anos em razão dos inúmeros procedimentos estéticos, o último deles malsucedido.
A própria modelo já falou sobre o assunto para vários jornais e chegou a comentar com os colegas de confinamento no programa da Record.
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“Eu fiz a harmonização em 2018 e tive a rejeição. Eu cortei minha boca inteira, eu não sei até quanto pode colocar, a pessoa que está fazendo o procedimento tem que saber. Quando começou a dar o problema, falou que é alergia, alergia, alergia e eu fiquei monstruosa. Foi horrível”, disse.
Segundo a peoa, o problema foi o excesso de produto aplicado, que acabou deixando o rosto dela inchado e deformado.
Após a avaliação de dois médicos, ela foi submetida a procedimentos reparadores para remover a substância injetada na harmonização facial. Posteriormente, ela entrou com medidas legais contra a clínica de estética.
A modelo contou sobre a experiência ao site norte-americano TMZ sobre o procedimento e, antes de entrar em “A Fazenda”, deixou um trecho da entrevista em seu Instagram. Veja abaixo:
“Em 2018 logo após o carnaval, resolvi viajar para Belo Horizonte com o intuito de fazer uma harmonização facial, um dia após realizar o procedimento meu rosto parecia que ia explodir. Me falaram que era “apenas” uma alergia e que se eu fizesse uso de Corticoide isso iria sumir. Realmente, fazendo uso dessa medicação meu rosto melhorava na hora, só que seu parasse todo inchaço voltava. Passei a fazer sessões doloridas de remoção de produtos do meu rosto(quase que todos os dias).
Após laudos de dois médicos distintos dizendo que o meu problema foi causado por excesso de produto e não alergia, eu resolvi tomar medidas legais. Fiquei quieta até pouco tempo atrás, resolvi falar em algumas entrevistas tanto no Brasil quanto internacionalmente não por causa de mídia, mas sim para alerta vocês; CUIDADO com harmonização facial, CUIDADO com o que vc coloca no seu rosto. Esqueçam fotos de antes e depois manipuladas. Eu retirei toda essa porcaria de “harmonização” do meu rosto e pra ser sincera com vcs eu só queria retirar tudo tanto da minha boca quanto do meu rosto”.
Vício em procedimentos
Com 35 anos, Liziane diz que já perdeu as contas de quantos procedimentos estéticos e cirurgias fez. A modelo já passou por lipoaspiração algumas vezes, rinoplasta, implante de mama e no bumbum, além de cirurgia na região íntima.
O problema no rosto não foi o único. Antes disso, chegou a ficar em coma induzido por complicações durante uma lipoaspiração na Turquia.
Os riscos da harmonização
Liziane não foi a primeira pessoa pública a optar por reverter a harmonização facial. Recentemente, o cantor Lucas Lucco também retirou 100% do produto aplicado em seu rosto. Ele alega que o procedimento lhe causou baixa autoestima e que não se reconhecia mais.
O processo de harmonização é um conjunto de técnicas que podem mudar os traços do rosto. É usado principalmente o preenchimento com o ácido hialurônico, um ativo que é produzido pelo corpo e que, com o tempo, é completamente absorvido pelo organismo.
Além de dar volume a lábios, maçã do rosto e queixo, a substância pode mudar formato do nariz e preencher olheiras muito profundas.
Como qualquer outro procedimento, há riscos também no processo de harmonização facial, especialmente com a banalização da técnica.
Além de se chegar a um resultado indesejado, com aparência artificial, há risco de um profissional pouco capacitado atingir artérias na aplicação ou colocar o produto dentro de alguma veia. Nesses casos, pode haver necrose (morte de tecidos) e obstrução de vaso, impedindo a circulação de sangue.
Além disso, há profissionais que realizam essas intervenções, como rinomodelação (no nariz) e lipoaspiração de papada em seus consultórios e não em bloco cirúrgico. “Algumas vezes, isso diminui os custos para o paciente, mas coloca a segurança dele em risco, a estrutura do ambiente é extremamente necessária nesses casos”, alerta a médica dermatologista Karine Miotto.