Arroz com feijão, o superalimento brasileiro que conquista a ciência; entenda os motivos
Padrão alimentar brasileiro tradicional atrai olhares de instituições respeitadas em todo o mundo

Em uma era em que a alimentação industrializada se impõe nas prateleiras e nas rotinas de muitos países, o Brasil segue resistindo com um ícone do cotidiano que tem ganhado respaldo científico internacional: o clássico arroz com feijão. Presente em milhões de lares do país, esse prato simples tem se revelado uma fórmula poderosa contra os males da má nutrição moderna.
Enquanto o sobrepeso e as doenças crônicas avançam em sociedades industrializadas, o padrão alimentar brasileiro tradicional atrai olhares de instituições respeitadas, como a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e a Universidade de Harvard. O motivo? A combinação entre arroz e feijão oferece um perfil nutricional completo, com fibras, ferro, vitaminas do complexo B e uma dose balanceada de proteínas vegetais.
Arroz, feijão e a prevenção de doenças
Mais do que um equilíbrio bioquímico, trata-se de um equilíbrio social e cultural. A presença constante desses ingredientes no prato brasileiro simboliza uma ligação com a terra, com a tradição e com a afetividade doméstica. Muitas vezes acompanhada de saladas, verduras e alguma fonte de proteína animal ou vegetal, essa refeição traduz uma sabedoria alimentar que desafia os modismos e os rótulos coloridos da indústria.

Além disso, estudos demonstram que dietas baseadas em alimentos in natura — como arroz, feijão e hortaliças — estão associadas à prevenção de doenças como hipertensão, diabetes tipo 2 e obesidade, além de contribuírem para a saúde mental, promovendo maior sensação de saciedade e bem-estar.
Dessa forma, o prato mais comum nas mesas brasileiras ganha status de referência internacional. Não apenas por sua eficiência nutricional, mas por representar uma solução acessível, sustentável e profundamente conectada à identidade nacional. Em um mundo cada vez mais desconectado de suas raízes alimentares, o Brasil mostra que, às vezes, a resposta mais eficaz está naquilo que já conhecemos — e no que comemos desde sempre.
De grãos integrais a vegetais, a nova recomendação alimentar da Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu as quantidades de carboidrato e gorduras a serem consumidas de acordo com a faixa etária.
O consumo total de gordura continua limitado a, no máximo, 30% da ingestão diária de calorias. Acima dos 2 anos, deve-se priorizar aquelas insaturadas, presentes em fontes vegetais como azeite, abacate e nozes, entre outros. Confira as dicas.