Bactérias da gonorreia são encontradas em lençóis com 1 semana de uso
Análise feita no microscópio revelou uma lista alarmante de microrganismos perigosos em roupas de cama sujas
Trocar a roupa de cama frequentemente não só uma questão de higiene, como de saúde também. Um novo estudo feito pela varejista britânica Time4Sleep descobriu que, em apenas uma semana de uso, os lençóis já podem estar impregnados de bactérias associadas a muitas doenças, como pneumonia e gonorreia, por exemplo.
A descoberta aconteceu por meio de um experimento feito em parceira com o Departamento de Biologia da Universidade de Sevilha, que observou um lençol usado sob o microscópio.
Essa roupa de cama foi usada por um voluntário por 28 noites seguidas. No experimento, ele não podia lavar ou trocar fronhas, capa de edredom, nem os lençós. A cada semana, partes desse material eram avaliadas.
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A equipe coletava amostras de três áreas: o travesseiro, o meio da cama (onde o tronco estaria) e a parte de baixo (na altura dos pés). Esse material era encaminhado para o laboratório, onde era testado para bactérias e observado ao microscópio.
Na quarta semana, a análise revelou uma lista alarmante de bactérias perigosas crescendo dentro das placas. Entre elas estavam os bacteroides, que têm sido associados a pneumonia, gonorreia e apendicite.
Também foram encontraram fusobacterias, conhecidas por causar infecções na garganta levando à síndrome de Lemierre, caracterizada por infecção aguda da orofaringe.
Esses microrganismos, segundo os microbiologistas, são provenientes da pele humana, da cavidade bucal e das fezes.
O estudo foi realizado após a divulgação de uma pesquisa que descobriu que quase um quarto (25%) dos britânicos trocam seus lençóis a cada três ou quatro semanas, quando – o mínimo ideal – seria a cada 15 dias, de acordo com os pesquisadores.