Brasil assume meta de reduzir açúcar de industrializados

País será um dos primeiros do mundo a fazer acordo com a indústria para a redução do açúcar de alimentos

Ministro da Saúde, assina o primeiro acordo para a redução do teor de açúcar nos alimentos industrializados
Créditos: Wilson Dias/ Agência Brasil
Ministro da Saúde, assina o primeiro acordo para a redução do teor de açúcar nos alimentos industrializados

O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, assinou nesta segunda-feira (26) o primeiro acordo para a redução do teor de açúcar nos alimentos industrializados. Com este acordo, o Brasil passa a ser um dos primeiros países do mundo a buscar essa diminuição. A meta é reduzir 144 mil toneladas até 2022.

“É um número significativo na busca da conscientização da nossa população. Para que tenhamos menos problemas de doenças que podem ser evitadas na nossa sociedade, como a diabetes e a hipertensão”, disse Occhi durante coletiva de imprensa.

São cinco categorias de alimentos que sofrerão mudanças: bebidas adoçadas, biscoitos, achocolatados em pó, bolos e mistura para bolos e produtos lácteos.  Segundo a pasta, não haverá substituição por adoçante, apenas a redução do teor de açúcar.

Bebidas lácteas também terão redução de açúcar
Créditos: alexialex/istock
Bebidas lácteas também terão redução de açúcar

Considerando os produtos com maior quantidade de açúcar, os biscoitos e produtos lácteos terão os maiores percentuais de meta para redução do ingrediente, com a meta de retirar 62,4% e 53,9% de açúcar da composição, respectivamente. Para bolos, a meta é de até 32,4% e para as misturas para bolos, até 46,1% do teor de açúcar. Já os achocolatados, tem a meta de cair até 10,5% e as bebidas açucaradas até 33,8%.

O monitoramento da mudança nos alimentos e bebidas será feito a cada dois anos pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que começará a análise em 2020.

O modelo do acordo é parecido com o firmado com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para diminuir o teor de sódio nos produtos, que prevê redução de até 28.5 mil toneladas até 2020.