Brasil mais que dobra tempo de vida de pessoas com HIV

A pesquisa foi realizada com 112.103 pacientes adultos e 2.616 crianças de todo o país

28/05/2019 17:48

866 mil pessoas vivem com o vírus HIV no Brasil
866 mil pessoas vivem com o vírus HIV no Brasil - Getty Images/iStockphoto

As políticas públicas de combate ao HIV/aids no Brasil refletiu no tempo de vida dessa população. De acordo com um estudo divulgado pelo Ministério da Saúde, a sobrevida mais que dobrou.

A pesquisa foi realizada com 112.103 pacientes adultos e 2.616 crianças de todo o país, entre 2003 e 2007. Os dados mostram que 70% dos pacientes adultos e 87% das crianças diagnosticadas entre 2003 e 2007 tiveram sobrevida superior a 12 anos.

Em 1996, antes de o ministério passar a ofertar o tratamento universal aos pacientes com HIV, a sobrevida era estimada em cerca de cinco anos.

Mutirão de testagem rápida de HIV em São Paulo
Mutirão de testagem rápida de HIV em São Paulo - Rovena Rosa/Agência Brasil

Além do tratamento das pessoas diagnosticadas, o país faz também ações de prevenção, incluindo a distribuição de preservativos masculinos e femininos, ações educativas e ampliação do acesso a novas tecnologias, como a profilaxia pós-exposição e a profilaxia pré-exposição.

Atualmente, estima-se que 866 mil pessoas vivam com o vírus HIV no Brasil e a epidemia no país é considerada estabilizada, de acordo com o Ministério da Saúde.

O Estudo de Abrangência Nacional de Sobrevida e Mortalidade de Pacientes com Aids no Brasil foi financiado pelo ministério e realizado por especialistas de instituições de saúde e universidades de São Paulo.

Teste rápido pode detectar HIV em 30 minutos

Se você se expôs a alguma situação de risco e está na dúvida, faça o diagnóstico. Além do teste feito por exame de sangue, há um teste que detecta os anticorpos do HIV por meio da mucosa oral. O resultado fica pronto em apenas 30 minutos. O ideal é fazê-lo 30 dias após a situação de risco.

Esses testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), e podem ser feitos de forma anônima.

Com informações da Agência Brasil e da Agência Saúde.