Café da manhã mais tarde ajuda a reduzir picos de açúcar no sangue, diz pesquisa
Ajustar o horário dessa refeição pode ser uma peça-chave na jornada de quem convive com o diabetes tipo 2
Uma nova luz está sendo lançada sobre uma prática rotineira que muitos nem questionam: a hora de tomar o café da manhã.
Segundo uma pesquisa publicada no Diabetes & Metabolic Syndrome: Clinical Research & Reviews, ajustar o horário dessa refeição pode ser uma peça-chave na jornada de quem convive com o diabetes tipo 2. Em vez de focar apenas no “o quê” e no “quanto”, os especialistas agora estão atentos ao “quando”.
Repensando o relógio biológico
No diabetes tipo 2, o corpo encontra dificuldades para manter os níveis de açúcar no sangue em equilíbrio, devido à resistência à insulina ou à produção insuficiente desse hormônio. Além das estratégias já conhecidas — alimentação equilibrada, prática de exercícios, controle de peso — surge agora uma nova variável na equação: o momento do dia em que tudo isso acontece.
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A chamada “hiperglicemia matinal” é um velho conhecido de quem convive com o diabetes. Ela muitas vezes é impulsionada pelo “Fenômeno do Amanhecer” — um aumento natural da glicose ao acordar, associado a picos de cortisol nas primeiras horas da manhã. Isso torna o café da manhã um verdadeiro campo de batalha para o controle da glicemia.
O experimento: mexendo nas engrenagens do dia
Para explorar essa ideia, os pesquisadores recrutaram 14 adultos com diabetes tipo 2, com idades entre 30 e 70 anos, e os dividiram em três grupos conforme o horário do desjejum: às 7h, 9h30 e meio-dia. Todos os participantes fizeram uma caminhada de 20 minutos após a refeição, e os efeitos no controle glicêmico foram cuidadosamente monitorados ao longo de seis semanas.
A surpreendente virada do café tardio
Os resultados foram reveladores: tomar café da manhã mais tarde — especialmente às 9h30 ou ao meio-dia — levou a quedas notáveis nos picos de glicose pós-prandial. Esses participantes apresentaram áreas sob a curva glicêmica (iAUC) significativamente menores: uma redução de 57 mmol/L×2h às 9h30 e de 41 mmol/L×2h ao meio-dia, em comparação com os que comeram às 7h.
Caminhada: bônus ou coadjuvante?
Embora a caminhada pós-refeição tenha trazido leve melhora nos níveis de açúcar para os grupos das 7h e meio-dia, ela não mostrou efeito relevante no grupo das 9h30. Isso indica que, mais do que o exercício leve logo após a refeição, o timing do café da manhã em si pode ser o verdadeiro trunfo no gerenciamento da glicemia.
Em outras palavras: se você convive com o diabetes tipo 2, talvez não seja apenas o que está no prato que importa — mas a que horas você decide saborear seu café. O relógio, ao que tudo indica, pode ser um novo aliado na luta contra os picos de glicose.
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