Câncer de fígado: sintomas comuns que não devem ser subestimados

Algumas vezes, os sinais e sintomas só aparecem na fase avançada da doença

O fígado desempenha um papel fundamental de purificação no nosso corpo, pois “limpa” o sangue de substâncias residuais; além disso, produz bile e inúmeras enzimas necessárias aos processos de digestão. Falamos em câncer de fígado quando, dentro dele, as células proliferam de forma descontrolada.

O câncer de fígado pode ser de dois tipos: primário (que começa no próprio órgão) e secundário ou metastático (tem origem em outro órgão e, com a evolução da doença, atinge também o fígado). Isso porque o fígado, sendo o filtro sanguíneo de todo o organismo, recebe sangue de todas as áreas do corpo – inclusive daquelas onde estão localizadas as metástases, que assim são mais facilmente transportadas dentro dele.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o tipo secundário é mais frequentemente decorrente de um tumor maligno no intestino grosso ou no reto.

Conheça os sintomas e as causas de câncer no fígado
Créditos: eranicle/istock
Conheça os sintomas e as causas de câncer no fígado

Sintomas do câncer e fígado

Os sintomas do câncer no fígado podem variar, e é importante observar que alguns pacientes podem não apresentá-los até que a doença esteja em estágio avançado. Por isso, são necessários exames de rotina.

Alguns sinais que podem servir de alarme incluem:

  • Cansaço
  • Inchaço e aumento da barriga
  • Dor no lado direito da parte superior do abdômen (que pode atingir as costas e ombros)
  • Náusea
  • Perda de apetite
  • Perda de peso
  • Fraqueza
  • Febre
  • Icterícia (amarelecimento da pele e da parte branca dos olhos)

Causas de câncer no fígado

As causas exatas do câncer no fígado podem ser complexas e multifatoriais. No entanto, alguns fatores de risco conhecidos incluem:

Hepatite B e C: infecções crônicas por hepatite B ou C aumentam significativamente o risco de câncer no fígado.

Consumo excessivo de álcool: beber em excesso ao longo do tempo pode danificar o fígado e aumentar o risco de câncer.

Esteatose hepática não alcoólica (EHNA): o acúmulo de gordura no fígado devido a condições como obesidade e diabetes pode aumentar o risco.

Cirrose: a cirrose é uma cicatrização permanente do fígado, muitas vezes causada por álcool ou infecção crônica por hepatite, que tmbém aumenta o risco do câncer.

Prevenção

Prevenir o câncer no fígado é possível reduzindo fatores de risco. Isso inclui limitar o consumo de álcool, proteger-se contra infecções por hepatite B e C, manter um peso saudável e controlar condições como diabetes.

A probabilidade de cura desta doença depende da condição física do paciente. Se a massa tumoral for única e o órgão ainda apresentar boa funcionalidade, a intervenção cirúrgica pode ser realizada removendo a parte doente do fígado, com uma operação chamada hepatectomia. Em casos particulares é necessária a retirada do órgão e à sua substituição por transplante.

Na maioria dos casos, porém, a cirurgia não é possível, portanto são realizados tratamentos médicos específicos. A detecção precoce e o tratamento adequado podem melhorar as perspectivas de sobrevivência.