Câncer de garganta: como detectar e prevenir a doença
Os tumores nessa região não costumam causar sintomas no início, a não ser quando ocorrem nas cordas vocais
O câncer de garganta ou laringe é o segundo mais comum na região da cabeça e pescoço, atrás apenas dos tumores de cavidade oral. Essa doença deve ser levada a sério, pois a detecção precoce é fundamental para melhorar o prognóstico.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de garganta ocorre com muito mais frequência em homens acima de 40 anos, que representaram quase 85% dos casos identificados em 2020.
Esse tipo de câncer ocorre quando células das regiões da faringe, laringe ou estruturas próximas sofrem mutações genéticas que alteram seu ciclo de vida normal, favorecendo do crescimento descontrolado de células malignas nessas regiões.
- 8 passeios em Santiago mais amados pelos brasileiros
- Vai viajar em maio? 5 destinos quentes no Brasil para fugir do outono
- Cientistas descobrem ligação entre autismo e composto no cordão umbilical
- Sinais de TDAH em crianças: quando a birra é mais do que parece
Os principais fatores que causam essas mutações incluem:
- Tabagismo
- Consumo de álcool
- Infecção pelo HPV
- Exposição a produtos químicos, como poeira de madeira, amianto e solventes
- Predisposição genética
Quais os sintomas do câncer de garganta?
Os tumores na laringe podem permanecer despercebidos durante muito tempo, especialmente se ocorrerem acima ou abaixo das pregas vocais – os pacientes só relatam sintomas como problemas respiratórios ou dificuldade em engolir mais tarde. Se os tumores da laringe estiverem localizados diretamente nas pregas vocais, eles rapidamente chamam a atenção através da rouquidão. Dificuldade para engolir ou dor na laringe também são sinais de alarme.
Se tiver estes sintomas, é importante consultar o seu médico, especialmente se eles durarem mais de quatro semanas:
- rouquidão
- corpo estranho parecendo um “nó na garganta”
- dor que pode irradiar para o ouvido
- dificuldade e dor ao engolir, engasgos frequentes
- problemas para falar e respirar
- inchaço visível ou palpável no pescoço
- expectoração com sangue ao tossir
Como é o diagnóstico e tratamento do câncer de garganta?
Um médico geral pode realizar os primeiros exames. Se necessário, pode encaminhar o paciente a um especialista em medicina de ouvido, nariz e garganta. Não apenas o pescoço é escaneado, mas a laringe também é visualizada por meio de um espelho – laringoscopia.
Se houver suspeita de câncer de garganta, os médicos coletam uma amostra de tecido de áreas suspeitas ou a removem diretamente – geralmente sob anestesia geral. O tecido retirado é analisado em laboratório – se as células forem malignas, indica câncer de laringe.
Usando exames de imagem, como ressonância magnética, os médicos podem ver até que ponto o tumor se espalhou e se formou tumores secundários (metástases).
O câncer de garganta é tratado com cirurgia ou radioterapia; às vezes, quimioterapia e/ou imunoterapia também são necessárias. Hoje em dia, raramente é necessária a remoção completa da laringe.
Se for diagnosticado e tratado em fase inicial, o câncer de laringe pode chegar a 90% de chance de cura.
Como prevenir câncer de garganta?
Pare de fumar
O consumo regular de cigarros promove o desenvolvimento de câncer de garganta. Mas mesmo os fumadores de longa data reduzem o risco da doença ao deixarem de fumar.
Reduza o consumo de álcool
Beber álcool em excesso aumenta as chances de desenvolver câncer de garganta. O álcool e o tabaco estão entre os principais fatores de risco e a combinação é particularmente prejudicial.
Observe as medidas de proteção no local de trabalho
Qualquer pessoa exposta no trabalho a poluentes como amianto, radiações ionizantes de urânio, produtos que contenham hulha e alcatrão, bem como aerossóis contendo ácido sulfúrico, entra em contato com substâncias que podem levar ao câncer de garganta. Os funcionários devem usar as medidas de proteção fornecidas no local de trabalho, como roupas de proteção, treinamento e limitar o tempo de trabalho para reduzir o risco.
Fique de olho nas lesões pré-cancerosas
Existem alterações específicas esbranquiçadas ou avermelhadas na mucosa da laringe que são consideradas fator de risco para câncer de garganta. Nesses casos, essas alterações precisam ser verificadas.
A influência da dieta ainda não é claramente compreendida, uma vez que a maioria das pessoas afetadas aumentou o consumo de tabaco e/ou álcool, o que ofusca a influência de outros fatores. No entanto, há evidências de que uma dieta desequilibrada com o consumo excessivo de carne e a ingestão frequente de frituras podem aumentar o risco.