Câncer de pele: estudo descobre proteína que espalha a doença

Câncer de pele é o mais frequente no Brasil e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país.

Câncer de pele é o mais frequente no Brasil e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país.
Créditos: LightFieldStudios/istock
Câncer de pele é o mais frequente no Brasil e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país.

Uma proteína responsável por espalhar o melanoma, tipo mais severo de câncer de pele, e torná-lo mais agressivo, foi descoberta por pesquisadores da Queen Mary University of London.

Chamada LAP1, a proteína é responsável por mudar a forma do núcleo das células cancerígenas- uma característica que permite que elas migrem e se espalhem pelo corpo.

Por isso a descoberta é considerada um divisor de águas nos estudos sobre o tema. Com as recentes descobertas sobre o tema, a ciência poderá estudar o mecanismo de progressão do melanoma, o que pode abrir caminho para o desenvolvimento de novas maneiras de combater a propagação da doença.

Câncer de pele: O que se concluiu?

Financiado pela Cancer Research UK e publicado na Nature Cell Biology, o estudo sugere que células agressivas de melanoma abrigavam altos níveis de uma proteína chamada LAP1.

Observou-se ainda que o aumento dos níveis dessa proteína estava associado a um mau prognóstico em pacientes com melanoma. Por isso, ao bloquear a produção da proteína LAP1 em células agressivas, elas foram menos capazes de se mover.

Movimento que levou o professor Sanz-Moreno a afirmar que está interessado em entender como as células cancerígenas se comunicam com seu ambiente para promover seu crescimento e disseminação. “Como o LAP1 é expresso em níveis tão altos nas células metastáticas, interferir nessa maquinaria molecular pode ter um grande impacto na disseminação do câncer. Atualmente, não há medicamentos que tenham como alvo o LAP1 diretamente, portanto, olhando para o futuro, gostaríamos de investigar maneiras de atingir o LAP1 e o envelope nuclear para ver se é possível bloquear esse mecanismo de progressão do melanoma”, explicou.