Câncer silencioso: os fatores de risco para câncer colorretal que quase ninguém conhece

Estudo revela que apenas 17% da população está ciente dos principais fatores de risco para esse tipo de câncer, o terceiro mais comum no Brasil

29/06/2025 03:32

O câncer colorretal, que afeta o intestino grosso, é frequentemente silencioso em seus estágios iniciais, e esse é um dos principais desafios para o diagnóstico precoce. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), ele é o terceiro tipo de câncer mais comum no mundo.

No Brasil, um levantamento da Bayer em parceria com a consultoria IQVIA mostrou que apenas 17% da população sabe identificar os principais fatores de risco, o que compromete diretamente as chances de prevenção e tratamento eficaz.

Fatores de risco pouco conhecidos

Muitas pessoas acreditam que apenas o histórico familiar define o risco de desenvolver a doença. No entanto, embora fatores genéticos tenham relevância, a maioria dos casos está ligada a questões ambientais e hábitos de vida, como:

  • Alimentação rica em carnes processadas e pobre em fibras
  • Sedentarismo
  • Excesso de peso
  • Consumo excessivo de álcool
  • Tabagismo
  • Idade acima de 50 anos

O desconhecimento desses fatores impede atitudes preventivas e aumenta o risco de diagnósticos tardios.

Apenas 17% da população está ciente dos principais fatores de risco para o câncer colorretal
Apenas 17% da população está ciente dos principais fatores de risco para o câncer colorretal - iStock/Suzi Media Production

Sintomas confundem e atrasam o diagnóstico

Como a doença evolui de forma silenciosa, seus sintomas iniciais muitas vezes são confundidos com problemas intestinais comuns. Entre os sinais mais relatados por pacientes nos seis meses anteriores ao diagnóstico estão:

  • Sensação constante de estufamento (54%)
  • Diarreia persistente (51%)
  • Prisão de ventre (45%)
  • Sensação de evacuação incompleta (28%)
  • Sangue nas fezes

Esses sintomas, quando recorrentes, exigem atenção médica imediata.

A importância do diagnóstico precoce

A colonoscopia é o exame mais eficaz para rastrear o câncer colorretal. Com ela, é possível visualizar o interior do intestino grosso e identificar pólipos, formações benignas que podem evoluir para tumores. Além disso, o exame permite remover essas lesões durante o procedimento, reduzindo consideravelmente os riscos.

Outro dado preocupante revelado pelo estudo é que 73% das pessoas recorrem à internet como fonte principal de informação, o que pode aumentar a desinformação. Embora seja uma ferramenta útil, a orientação médica é insubstituível quando se trata de saúde intestinal e prevenção do câncer.

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