Casos suspeitos de fungo preto são investigados no Brasil; entenda
Infecção rara causa mutilações e provoca a morte em 50% dos casos
O Brasil investiga dois casos suspeitos de fungo preto. Um deles é em Santa Catarina e o outro no Amazonas. A doença chamada mucormicose é uma infecção fúngica que tem se espalhado na Índia. Só na última semana, foram 9 mil casos naquele país.
No Brasil, ainda não há previsão de quando os diagnósticos dos pacientes com suspeita serão divulgados.
O caso de Santa Catarina é de um homem de 52 anos, que teve covid-19 e tem histórico de comorbidades (diabetes mellitus e artrite reumatoide). Ele está internado em um hospital particular de Joinville.
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Já no Amazonas, o caso é de um homem que morreu em 16 de abril, aos de 56 anos. Ele era residente em Manaus e tinha histórico de diabetes tipo 2 e fazia uso de insulina.
Segundo informações da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas, ele foi internado com sintomas gripais, mas testou negativo para a covid-19. O paciente apresentou coceira no olho direito, que avançou para uma infecção. Esse quadro é parecido com a mucormicose.
O Ministério da Saúde emitiu um alerta para os Centros de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de todos os estados.
O que é a mucormicose (fungo preto)?
A infecção mucormicose é causada pela exposição ao fungo da família Mucoraceae, comumente encontrado no solo, plantas, esterco e frutas e vegetais em decomposição. A doença perigosa para quem tem a saúde debilitada, especialmente para quem tem diabetes.
O fungo comumente ataca os seios nasais, é aspirado para os pulmões e pode atingir mucosas e o cérebro. Muitas vezes, são necessárias mutilações por meio de cirurgias para retirar a parte do corpo afetada. O quadro mata mais de 50% dos pacientes acometidos.
Os recentes casos durante a pandemia de covid-19 tem chamado atenção dos especialistas no mundo. Há uma forte suspeita de que a mucormicose esteja sendo causada pelo uso de esteroides, drogas usadas para tratar pacientes graves com covid-19.
Acontece que os esteroides, embora ajudem a reduzir a inflamação nos pulmões causada pelo coronavírus, reduzem a imunidade e provoca aumento das taxas glicêmicas no sangue. Assim, criam um ambiente propício para a infecção fúngica.