China isola cidades para conter coronavírus

Vírus se espalha em ritmo alarmante e obriga a adoção de medidas extremas para controlar epidemia

23/01/2020 11:05 / Atualizado em 26/02/2020 13:47

As autoridades chinesas isolaram três cidades do país em um esforço para controlar a propagação de coronavírus que deixou ao menos 17 mortos.

Depois de Wuhan, considerada localidade de origem do vírus, os municípios vizinhos de Huanggang – com 7,5 milhões de habitantes – e Ezhou – com 1 milhão de moradores – foram isolados e os trens tiveram a circulação interrompida, de acordo com a BBC.

Quais os sintomas e tudo o que se sabe até agora sobre o coronavírus

Autoridades pedem que chineses evitam multidões
Autoridades pedem que chineses evitam multidões - Spondylolithesis/istock

O governo também pediu para que os moradores de Wuhan não deixem a cidade se não houver uma razão específica, usem máscaras e evitam multidões.

Os bloqueios ocorrem quando milhões de chineses viajam pelo país para o próximo feriado do Ano Novo Lunar.

Mais de 500 casos confirmados

Até agora, o país já confirmou 17 mortes e mais de 500 casos do vírus, que já se espalha para o exterior. Além da China, já foram identificados casos nos Estados Unidos, Japão, Tailândia, Taiwan e Coreia do Sul. No Brasil, um caso suspeito é investigado em Belo Horizonte, MG. 

O que são os coronavírus

Os coronavírus fazem parte de uma família viral e causam uma variedade de doenças em animais e humanos, desde gastroenterites até infecções respiratórias potencialmente letais.

Infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderadas, semelhantes a um resfriado comum
Infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderadas, semelhantes a um resfriado comum - Dr_Microbe/istock

O tipo de vírus que vem se espalhando na China, nomeado temporariamente “2019-nCoV”. não havia sido  identificado anteriormente em seres humanos.

A principal suspeita é que esse novo vírus se originou em um mercado de frutos do mar em Wuhan. O local  está fechado desde o início do ano.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), que investiga o surto, informou que os sinais clínicos relatados pelas pessoas infectadas são parecidos com os de um resfriado, com febre, dificuldade em respirar e lesões nos pulmões.