5 coisas que nem todo mundo sabe sobre a candidíase, mas deveria
Fala-se muito da candidíase, mas existem muitas informações sobre a infecção que talvez você ainda desconheça
Algumas mulheres são especialmente sensíveis à candidíase vaginal, infecção pelo fungo chamado candida albicans. Esse micro-organismo, ao colonizar a região íntima, torna-se um fungo agressivo capaz de causar muito desconforto.
De acordo com Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a candidíase vaginal acomete 75% das brasileiras e estima-se que cerca de 5% das mulheres são suscetíveis a Candidíase Vulvovaginal Recorrente (CVVR), quando episódios da infecção acontecem ao menos quatro vezes no ano.
A doença aparece primeiro como um desconforto, que inclui corrimento, coceira e ardência ao urinar.
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Fala-se muito desse tipo de candidíase, mas existem muitas informações sobre a infecção que talvez você desconheça e que é importante saber.
Confira abaixo:
1.O fungo da candidíase já existe naturalmente no corpo
Evitar a candidíase não trata-se de tentar exterminar do corpo o candida albicans, espécie mais comum do fungo candida. Ele pode estar presente na cavidade oral e na flora gastrointestinal dos seres humanos, assim como uma variedade de micro-organismos.
A maioria das pessoas é colonizada por candida e não apresenta qualquer sintoma. Porém, qualquer desequilíbrio na flora local ou no sistema imunológico pode causar uma proliferação descontrolada, que causará a candidíase.
2. Durante a menstruação e também na gravidez , o risco de desenvolver essa infecção fúngica vaginal é maior
Isso acontece porque a flora vaginal depende tanto do estado hormonal quanto do pH e, se estes variarem, a proporção de bactérias típicas da flora pode diminuir em favor de espécies, como a candida.
2.Homens também sofrem com candidíase
A candidíase é geralmente uma doença muito relacionada à saúde íntima feminina, porém, o que poucos sabem é que também acomete os homens.
A candidíase masculina corresponde ao crescimento descontrolado do fungo no pênis. Ela atinge principalmente a glande e o prepúcio, causando dor e vermelhidão local, inchaço e coceira.
Assim como nas mulheres, a baixa imunidade e a má higienização do órgão genital são fatores que contribuem para a infecção.
3. Suas roupas podem ser um problema
Roupas justas ou de fibras sintéticas que dificultam a transpiração da região podem contribuir para a candidíase. Assim como, ficar muito tempo com roupa de banho molhada.
4. Existem muitos tipos de candidíase
Além da candidíase genital, de vaginal e de pênis, existem ainda as seguintes:
Candidíase oral
É uma infecção comum em bebês, por conta de sua imunidade ainda pouco desenvolvida, ou em adultos com o sistema imune enfraquecido. Ela manifesta-se como lesões brancas na língua, parede interna das bochechas e no céu da boca. Além disso, causa dor e ardência na região.
Candidíase de esôfago
Pessoas com infecção por HIV costumam sofrer mais de candidíase de esôfago, mas qualquer pessoa com o sistema imunológico comprometido pode apresentar a doença. O sintoma mais comum nesse caso é a dor ao engolir.
Candidíase na pele
Na pele, o fundo candida costuma afetar a virilha, pescoço, mama ou umbigo e provoca vermelhidão, coceira e ardência.
Candidíase do trato urinário
Candidíase disseminada
O fungo do tipo candida pode ainda multiplicar de forma descontrolada e se espalhar pela corrente sanguínea e chegar a órgãos vitais, como pulmões, coração e fígado, e até o sistema nervoso central. Mas isso somente em pacientes com o sistema imunológico fraco.
5. Alimentos podem tanto favorecer na multiplicação dos fungos que causam a candidíase como melhorar os fatores que podem prevenir a infecção
De acordo com a ginecologista e obstetra da Clínica GRU, Eloisa Pinho, os alimentos que são importantes para combater a doença são os integrais, frutas e vegetais, que fortalecem a flora intestinal impedindo a proliferação da candidíase.
“Além deles, temos os alimentos fermentados: como iogurte natural, kefir e kombucha que atuam tanto na melhora da saúde intestinal como sistema imunológico; ervas naturais como orégano, alecrim, tomilho, alho e cebola, que contam com ação antifúngica; gorduras boas como azeite e óleo de coco, que reduzem o fator inflamatório; e sementes como chia, linhaça, e de abóbora, que são ricas em ômega 3, que fortalecem o sistema imunológico”, explica a médica.
Por outro lado, o consumo exagerado de carboidratos, açúcar e doces ou alimentos enlatados, de calorias vazias e pobres em nutrientes podem interferir na imunidade, piorando a doença.