Comer este alimento pode reduzir risco de demência em 12%, aponta estudo

Estudo destaca importância da alimentação para a manutenção da saúde cognitiva

Por André Nicolau em parceria com João Gabriel Braga (Médico - CRMGO 28223)
16/04/2025 21:00 / Atualizado em 23/04/2025 11:15

Estudo destaca importância da alimentação para a manutenção da saúde cognitiva – iStock/tbralnina
Estudo destaca importância da alimentação para a manutenção da saúde cognitiva – iStock/tbralnina - Getty Images

Um punhado de nozes por dia pode ser mais poderoso do que parece — especialmente quando o assunto é a saúde do cérebro. Uma pesquisa de longa duração publicada na respeitada revista científica GeroScience analisou os hábitos alimentares de mais de 50 mil britânicos, com idades entre 40 e 70 anos, ao longo de sete anos.

O achado principal é surpreendente: quem consumia cerca de 30 gramas de nozes sem sal diariamente teve uma redução de 12% no risco de desenvolver demência.

Mas o que torna esse fruto seco um verdadeiro aliado da mente?

As nozes são ricas em gorduras saudáveis, antioxidantes e nutrientes como o ômega-3 e a vitamina E — todos conhecidos por sua ação protetora sobre as células cerebrais. Esses compostos possuem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes que ajudam a combater processos associados ao envelhecimento cerebral, como a inflamação crônica e o estresse oxidativo, fatores que desempenham um papel importante em doenças neurodegenerativas como Alzheimer.

Uma porção diária já basta

Os autores do estudo apontam que bastam 30 gramas diárias — o equivalente a um pequeno punhado — para se obter os benefícios. E embora comer nozes isoladamente já seja vantajoso, os efeitos parecem ainda mais intensos quando elas fazem parte de um padrão alimentar saudável, como a famosa dieta mediterrânea.

Dieta mediterrânea: um banquete para o cérebro

Rica em alimentos vegetais, grãos integrais, legumes, frutas, azeite de oliva e peixes oleosos, a dieta mediterrânea tem sido amplamente associada à longevidade e à saúde cognitiva. As nozes, com sua composição nutritiva, encaixam-se perfeitamente nesse cardápio que prioriza a prevenção natural por meio da alimentação.

Não são só as nozes: outros alimentos protetores

A boa notícia é que o cardápio da proteção cerebral não se limita às nozes. Alimentos como feijão, tofu e outras leguminosas também têm sido associados a menor risco de demência. Inclusive, substituir uma porção diária de carne processada por nozes ou leguminosas pode reduzir em até 20% o risco de desenvolver a doença, segundo dados complementares à mesma linha de pesquisa.

Atenção aos cuidados individuais

Embora os benefícios sejam promissores, especialistas ressaltam que cada organismo tem necessidades específicas. Por isso, antes de fazer mudanças significativas na alimentação, o ideal é buscar orientação de um nutricionista ou profissional de saúde.

No fim das contas, incluir um punhado de nozes na rotina pode ser um gesto simples com impactos significativos para a saúde cerebral. Afinal, quando se trata do cérebro, cada escolha à mesa conta.

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