Como a nutrição pode melhorar o humor e combater a ansiedade
Uma dieta pobre em nutrientes pode favorecer o surgimento de distúrbios como depressão, ansiedade e problemas cognitivos
A conexão entre o que comemos e como nos sentimos não é apenas uma questão de bem-estar físico. Estudos recentes mostram que a nutrição exerce influência direta na saúde mental. Uma dieta pobre em nutrientes pode favorecer o surgimento de distúrbios como depressão, ansiedade e problemas cognitivos.

Isso ocorre porque o cérebro é um órgão que demanda grande quantidade de energia e depende de vitaminas e minerais específicos para seu funcionamento. Sem esses nutrientes, o equilíbrio dos neurotransmissores pode ser comprometido, afetando o humor e o raciocínio.
Vitaminas essenciais para o cérebro
Algumas vitaminas se destacam por seu papel fundamental na regulação das emoções e da atividade cerebral. A vitamina D, por exemplo, auxilia na produção de serotonina, substância ligada à sensação de bem-estar.
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Essa vitamina tem sido amplamente estudada por sua relação com a prevenção da depressão, já que níveis baixos dela aumentam a vulnerabilidade ao desequilíbrio emocional. Ela também participa da proteção das células nervosas contra danos.
Já a vitamina C, segundo um estudo da Universidade Flinders, na Austrália, pode afetar diretamente as funções cognitivas. Sua deficiência está associada a episódios de confusão mental e queda no desempenho cerebral.

O poder calmante da vitamina B6
Outro nutriente relevante para o sistema nervoso é a vitamina B6. De acordo com pesquisa da Universidade de Reading, no Reino Unido, sua suplementação teve efeito positivo sobre o humor de adultos jovens. A vitamina B6 ajuda na produção de neurotransmissores como o GABA, que exerce função calmante no sistema nervoso.
O estudo indicou que essa suplementação reduziu sensivelmente sintomas de ansiedade e depressão em parte dos participantes. Esse achado reforça a importância de manter níveis adequados dessa vitamina para o equilíbrio emocional.
Ainda que suplementos sejam úteis em alguns casos, a recomendação geral dos especialistas é buscar esses nutrientes principalmente pela alimentação. Frutas, vegetais, oleaginosas e cereais integrais são fontes naturais de vitaminas essenciais ao cérebro.
Nutrição equilibrada como prevenção
Cuidar da mente não se resume a terapia ou medicação. Uma dieta rica em alimentos variados também desempenha papel fundamental na prevenção de transtornos mentais. “A saúde mental não depende apenas de fatores emocionais ou psicológicos. O que comemos influencia diretamente o funcionamento do nosso cérebro.”
A afirmação é do especialista em medicina de família Cesar Augusto de Araujo, que destaca os riscos das deficiências vitamínicas. “Deficiências de vitaminas como D, C e B6 podem afetar neurotransmissores e aumentar o risco de doenças como depressão e ansiedade.”
A orientação médica deve ser buscada sempre que houver suspeita de carência nutricional, pois a suplementação correta pode ser necessária. “Por isso, é fundamental manter uma alimentação nutritiva e, quando necessário, buscar orientação médica para avaliar a necessidade de suplementação.”
Alimentação como aliada da saúde mental
A ciência reforça cada vez mais que cuidar do cérebro passa, necessariamente, por cuidar do prato. Vitaminas são fundamentais para manter o equilíbrio dos neurotransmissores e proteger o sistema nervoso.
Adotar uma rotina alimentar rica em nutrientes, com destaque para vegetais, frutas e grãos, pode ter impacto significativo no humor, foco e clareza mental. É um passo simples, mas poderoso, na construção de uma mente mais saudável e resiliente.
Em tempos em que os transtornos mentais são cada vez mais comuns, a nutrição surge como uma aliada acessível e eficaz. Incluir vitaminas essenciais na dieta é um investimento diário no bem-estar emocional e cognitivo.