Como lidar com o diagnóstico de depressão
Relato mostra as dificuldades em aceitar a doença e as cobranças internas
“Se a realidade é a gente quem cria, hoje eu crio a realidade de que estou bem. Não há nada que possa me parar agora!”. “Eu não sei o que está acontecendo, mas se eu fingir que não está, sei que acaba passando. Isso é pura frescura – se todo mundo aguenta, porque eu não aguentaria?”. Esses eram os tipos de frases que costumava dizer a mim mesma por semanas, e até anos, antes de receber o diagnóstico de depressão.
Recebendo o diagnóstico de depressão
Seguia a minha rotina levando as crianças para a capoeira, mas quando cheguei lá, não consegui sair. Foi nesse momento que eu paralisei e a partir daí tive que aceitar que, do jeito que estava, eu não poderia continuar.
E assim se vão 8 meses em que estou em tratamento. A primeira metade foi, sem dúvida, a pior. Acertar a medicação, a terapia e lidar com a doença são processos dolorosos e que demandam tempo e eu tive dificuldade em aceitar isso. Além de tudo, muitos ainda dizem que é “frescura”, “falta de Deus” ou simplesmente “falta do que fazer”, mesmo a depressão sendo considerada a doença do século.
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Hoje já consigo olhar para trás e ver que eu morri sim, mas renasci e estou na fase de engatinhar de novo. Temos o dever de ser a nossa maior prioridade – para o nosso bem, antes de tudo, e para o de todos que estão à nossa volta.
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Texto produzido por Tatiana Magalhães e publicado no Personare.