Composto químico usado em produtos de beleza aumenta risco de diabetes   

Substância química pode ser encontrada em produtos como sabonetes, xampus e esmaltes

Estudo que relaciona produtos de beleza a diabetes foi publicado no journal of Clinical Endocrinology & Metabolism da Endocrine Society – iStock/Getty Images
Créditos: JackF/istock
Estudo que relaciona produtos de beleza a diabetes foi publicado no journal of Clinical Endocrinology & Metabolism da Endocrine Society – iStock/Getty Images

Estudo realizado pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, aponta que o ftalato, substância química encontrada em inúmeros produtos da indústria cosmética como sabonetes, xampus e esmaltes, está diretamente ligado ao risco de diabetes tipo 2.

Para entender a relação entre os dois fatores, especialistas analisaram o impacto do composto químico em mulheres brancas. Os resultados mostraram que essas voluntárias apresentaram probabilidade de 30% a 36% maior de desenvolver diabetes.

O ftalato, no entanto, não apresentou os mesmos efeitos em mulheres negras e asiáticas, de acordo com os resultados observados no experimento.

Ftalato x diabetes – Qual a relação?

Além de cosméticos, o ftalato é usado em produtos de higiene pessoal, brinquedos, embalagens de alimentos e bebidas e até refeições de fast food, com a finalidade de tornar o plástico mais durável.

Contudo, estudos recentes demonstraram que o conjunto de substâncias presentes no ftalato pode afetar negativamente o equilíbrio hormonal, a fertilidade e o desenvolvimento infantil. “As pessoas são expostas aos ftalatos diariamente, aumentando o risco de várias doenças metabólicas”, disse o Dr. Sung Kyun Park, epidemiologista da Universidade de Michigan, em comunicado.

O alerta abre caminho para um debate importante sobre a substância. Um estudo de 2021 estimou que os ftalatos podem ter sido associados a 91.000 a 107.000 mortes prematuras entre americanos entre 55 e 64 anos.

O que é a diabetes tipo 2 e quais são os sintomas?

O diabetes tipo 2 aparece de duas formas: quando o organismo não consegue se adequar adequadamente à insulina   ou não produz insulina suficiente para controla a taxa de glicemia.

A doença pode ser controlada com atividade física e  planejamento alimentar, em quadros mais agudos. Já em casos crônicos, exige-se o uso de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose.

Os sintomas podem aparecer tão sutilmente no início da doença que pode ser difícil compreender os sinais de alerta. Alguns sintomas são:

  • fome frequente;
  • sede constante;
  • formigamento nos pés e mãos;
  • vontade de urinar diversas vezes;
  • infecções frequentes na bexiga, rins e pele
  • feridas que demoram para cicatrizar;
  • visão embaçada.