Estudo liga condição comum a chances maiores de câncer agressivo

Uma pesquisa revelou que pessoas que sofrem de cálculos biliares (pedras na vesícula) têm uma probabilidade seis vezes maior de desenvolver um câncer agressivo de pâncreas.

Esse tipo de câncer é frequentemente fatal devido ao fato de ser comumente detectado já em estágios avançados. Apenas uma pequena porcentagem, entre 10% e 20%, dos indivíduos diagnosticados com essa condição, recebem o diagnóstico em estágios iniciais, o que permitiria a cura através de cirurgia.

De acordo com o estudo de 2022, é por isso que aqueles que estão sofrendo de doença de cálculos biliares ou passaram pela remoção da vesícula biliar devem ter  acompanhamento de perto do seu médico.

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Desta forma, caso surjam outros sintomas, eles possam receber tratamento prontamente.

Detalhes do estudo

No estudo, os pesquisadores examinaram registros de 2008 a 2015 de um banco de dados contendo 18.700 pacientes com adenocarcinoma ductal pancreático (PDAC).

Eles observaram que 4,7% das pessoas com PDAC foram diagnosticadas com cálculos biliares no ano anterior ao diagnóstico do câncer. E cerca de 1,6% removeram suas vesículas.

Em comparação, entre aqueles sem diagnóstico de câncer, apenas 0,8% tiveram cálculos biliares e 0,3% passaram pela remoção das vesículas.

De acordo com os pesquisadores, não se pode ter certeza neste momento se cálculo biliar é um precursor ou o resultado final do câncer de pâncreas. No entanto, sabe-se que existe uma associação.

Quais os sintomas de pedras na vesícula?

• Dor intensa no lado direito superior do abdômen
• Irradiação da dor para a parte superior do tórax ou costelas
• Possíveis sintomas adicionais: febre, náuseas e vômitos
• Dor geralmente ocorre após as refeições, especialmente com alimentos gordurosos

No entanto, os sintomas de pedras na vesícula variam, e muitas pessoas podem não apresentar sintomas por anos. 

Quando esses sintomas, especialmente a dor intensa no abdômen, estão presentes, é aconselhável consultar um gastroenterologista.

Às vezes, quando a pessoa realiza exames de diagnóstico por imagem, como ultrassonografia, para investigar outra condição, acaba identificando esses cálculos biliares.