Criança de 2 anos é socorrida às pressas com ecstasy no nariz

A menina foi levada às pressas para o hospital e tinha uma frequência cardíaca de 148 batimentos por minuto

Uma criança de 2 anos foi socorrida depois de colocar uma pílula de ecstasy no nariz. O caso aconteceu em Toulouse, no sul da França, e foi relatado pela equipe médica na revista científica Archives de Pédiatrie.

Ao perceber o que havia acontecido, a mãe da menina tentou retirar o comprimido, porém, apenas uma parte saiu. Como a criança apresentava sinais de intoxicação, precisou chamar a ambulância.

Criança de 2 anos foi socorrida após colocar uma pílula de ecstasy no nariz
Créditos: portokalis/istock
Criança de 2 anos foi socorrida após colocar uma pílula de ecstasy no nariz

Segundo os médicos que relataram o caso, outras 80 situações semelhantes já teriam sido descritas na literatura médica. No entanto, esse é o primeiro caso que envolve o nariz como porta de entrada da substância.

Alterações na criança

De acordo com os médicos, a menina chegou ao hospital apresentando frequência cardíaca de 148 batimentos por minuto.

Além disso, ela apresentava alterações de comportamento, como sinais de embriaguez e confusão, agitação, hipertensão (pressão alta) e pupilas dilatadas.

A menina foi transferida para a terapia intensiva, onde os testes de drogas deram negativo para outras substâncias ilegais, mas positivo para 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA), substância conhecida por ecstasy.

Essa droga atua como estimulante e psicodélico, produzindo um efeito energizante, distorções no tempo e na percepção e maior prazer em experiências táteis.

A equipe administrou soro por via intravenosa e monitorou a paciente enquanto seus sinais vitais voltavam ao normal na manhã seguinte. Nenhum medicamento foi necessário e ela se recuperou totalmente, segundo os médicos.

Depois de diagnosticar “intoxicação aguda com risco de vida por um produto narcótico”, a equipe apresentou um relatório, conforme exigido pelas leis francesas de proteção à criança.

O juiz do tribunal de menores local colocou a menina sob a guarda legal de sua avó.