Cura do câncer? Saiba quais tipos de câncer funciona tratamento

Tratamento com células CAR-T para o câncer: o que a Anvisa esclarece?

Em comunicado emitido na segunda-feira, 29, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esclareceu que o tratamento à base de células CAR-T para o câncer não é uma terapia de rotina e não se aplica a todos os tipos de câncer. A agência ressalta a necessidade de condução de estudos adicionais.

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O tratamento para a cura do câncer

A terapia com células CAR-T é um tratamento que envolve a utilização de células T do sistema imunológico do paciente, extraídas e modificadas em laboratório para combater o câncer. Essa forma de tratamento já recebeu aprovação e está disponível no Brasil, porém, é oferecida apenas na rede privada, com um custo aproximado de R$ 2 milhões.

O tratamento é indicado para casos de leucemia linfoblástica B, linfoma não Hodgkin de células B e mieloma múltiplo.

O Hemocentro de Ribeirão Preto conduz o tratamento que levou à remissão do paciente Paulo Peregrino, em um contexto experimental, fora da estrutura de um ensaio clínico controlado, segundo a Anvisa. Eles aplicam esse recurso em circunstâncias onde há um risco imediato à vida do paciente ou quando se trata de doenças para as quais não existem alternativas terapêuticas disponíveis no país.

No entanto, espera-se que uma equipe conduza um ensaio clínico controlado para possibilitar a disponibilização do tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS). Em janeiro, a Anvisa recebeu uma notificação sobre o uso experimental para o tratamento do linfoma.

“O procedimento […] foi notificado à Agência em janeiro deste ano e avaliado com prioridade, favorecendo a pesquisa científica e o uso experimental para o tratamento do linfoma”, disse a agência em comunicado.

O Instituto Butantan e o Hemocentro de Ribeirão Preto foram aprovados pelo edital de chamamento da Anvisa. O objetivo do edital é selecionar desenvolvedores nacionais para participar de um projeto-piloto visando o desenvolvimento de produtos de terapia avançada (PTAs) de interesse do SUS, como é o caso desse tratamento.

Porém, é necessário aguardar o envio de toda a documentação solicitada pela agência para que o ensaio clínico proposto seja aprovado e possa ser iniciado.