Descoberta molécula que reduz agressividade do câncer infantil
Molécula sintética foi testada em ratos e a esperança é que ela seja capaz de conter o desenvolvimento de tumor em humanos
Estudiosos do Centro de Pesquisa sobre o Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL) da Universidade de São Paulo (USP) identificaram uma molécula capaz de reduzir a agressividade do câncer infantil. Os resultados foram publicados na revista científica Molecular Oncology.
No estudo, os pesquisadores conseguiram desligar a molécula chamada microRNA-367 (miR-367), que torna mais agressivos os tumores do sistema nervoso central, que acometem sobretudo crianças de até 4 anos.
Os testes foram feitos em camundongos com tumores induzidos que receberam o inibidor de microRNA em uma via que circunda o encéfalo e a medula espinhal, por onde o inibidor de miR-367 pode ter acesso a células tumorais. O que o estudo observou é que em todas as cobaias houve uma redução no tamanho dos tumores e um aumento da sobrevida.
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A esperança dos pesquisadores é que essa molécula sintética sozinha seja capaz de conter o desenvolvimento de tumor em humanos.
O trabalho é resultado de seis anos de dedicação exclusiva à pesquisa feita graças a bolsas de mestrado e doutorado. “Se não tivesse a bolsa, teria que para o estudo no meio do caminho, e talvez essa tecnologia nunca chegaria para favorecer pacientes”, disse a pós-doutoranda à frente da pesquisa Carolini Kaid, em entrevista ao Jornal Hoje, da TV Globo.