Descoberta nova versão da Ômicron mais difícil de rastrear
Os poucos casos já identificados estão sendo acompanhados
Poucas semanas após a descoberta da variante Ômicron na África do Sul, uma nova linhagem foi identificada, dessa vez por pesquisadores australianos. Chamada de “irmã da variante Ômicron”, a nova versão já infectou pelo menos sete pessoas na Austrália, África do Sul e Canadá.
O primeiro paciente identificado com a nova linhagem é um homem sul-africano que está isolando em um hotel em Brisbane, na Austrália. O teste apontou que ele estava infectado pela Ômicron, porém, o sequenciamento apontou que a cepa era um pouco diferente geneticamente.
A ministra da Saúde australiana, Yvette D’Ath, disse que o comitê internacional agora reclassificou a Ômicron em duas linhagens e já são dois casos em Queensland. Os pacientes estão bem.
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Mais difícil de ser rastreada
De acordo com as autoridades de saúde, a nova linhagem tem a ausência de uma característica genética que permite a distinção de outras variantes a partir de testes de PCR. Isso significa que ela é mais difícil de ser identificada pelo exame.
A ‘irmã da Ômicron’, no entanto, não trata-se de uma nova variante, mas sim de uma nova linhagem.
“Uma nova variante significa uma grande mudança em relação ao que já tínhamos ”, disse o médico de doenças infecciosas e microbiologista da Universidade Nacional da Austrália, Peter Collignon, ao jornal The Guardian.
Enquanto a Ômicron “normal” tem cerca de 30 mudanças genéticas diferentes, a nova sub-linhagem tem cerca de 14.
“Portanto, é suficiente para ser capaz de classificá-la como Ômicron, mas não sabemos o suficiente sobre o que isso significa no que diz respeito à gravidade clínica e eficácia da vacina”, disse o chefe de saúde de Queensland, Peter Aitken.