Descoberto medicamento que pode reduzir risco de Alzheimer

Princípio ativo do remédio consegue bloquear a enzima que é comumente encontrada em cérebros de pessoas com a doença

Pesquisadores do Mount Sinai Medical Center, em Nova York, descobriram que o Viagra (sildenafil), medicamento mais comumente usado para tratar a disfunção erétil, bloqueia uma enzima encontrada no cérebro de quem sofre de Alzheimer.

O estudo analisou mais de 27.000 pessoas com mais de 65 anos, comparando metade dos participantes que receberam prescrição de sildenafil com metade dos que não o fizeram.

Viagra pode reduzir risco de doença de Alzheimer em 60%, diz estudo
Créditos: Soumen Hazra/istock
Viagra pode reduzir risco de doença de Alzheimer em 60%, diz estudo

Os resultados mostraram que o Viagra suprime uma proteína chamada PDE5.

Em pacientes com Alzheimer, a PDE5 está significativamente aumentada na parte do cérebro que gerencia a memória.

Segundo os pesquisadores, o sildenafil estava significativamente associado a um risco 60% menor de desenvolver a doença de Alzheimer.

A pequena pílula azul também aumenta o suprimento de sangue, o que é considerado capaz de melhorar a saúde do cérebro – e até potencialmente tratar a demência.

Outro potencial benefício do Viagra

Um estudo divulgado em janeiro também descobriu que o Viagra reduz o risco de doenças cardíacas em homens em até 39% – e até ajuda a reduzir o risco de morte prematura.

Os usuários de Viagra tinham 17% menos probabilidade de sofrer insuficiência cardíaca e menos chance (22%) de desenvolver angina instável, que ocorre quando a placa na artéria coronária não permite que o oxigênio e o sangue fluam para o coração.

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Créditos: nito100/istock

Os homens que usaram essas drogas também tiveram, em média, uma expectativa de vida mais longa. Durante todo o período do estudo, o risco de morte precoce caiu 25%.

Alzheimer no Brasil

Estima-se que cerca de 1,2 milhão de pessoas vivam com demência no país, sendo o Alzheimer a forma mais comum de demência.

As projeções indicam um aumento significativo no número de casos nos próximos anos, impulsionado pelo envelhecimento da população brasileira.

O país vem buscando melhorar a conscientização sobre a doença e ampliar o acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento adequado.

Além disso, várias instituições e organizações sem fins lucrativos estão trabalhando para fornecer suporte e assistência às pessoas com Alzheimer e suas famílias, oferecendo programas educacionais, serviços de cuidados e recursos de apoio.

O governo brasileiro também tem desenvolvido políticas públicas para enfrentar os desafios relacionados à demência, incluindo a implementação de iniciativas para melhorar o diagnóstico precoce, o acesso a serviços de saúde, e o suporte aos cuidadores e familiares de pessoas com Alzheimer.

Apesar dos esforços em andamento, ainda há muito a ser feito para aumentar a conscientização sobre o Alzheimer, melhorar o acesso a tratamentos e cuidados adequados, e promover a pesquisa para entender melhor a doença e desenvolver terapias mais eficazes.