Descoberto padrão de sono que pode indicar risco de demência
Conhecer esses fatores poderia ajudar na descoberta precoce da condição, evitando a piora dos sintomas
Um artigo divulgado no American Journal of Preventive Medicine destaca a relevância do sono na saúde mental e sugere que pode oferecer insights sobre o risco de demência no futuro.
A demência engloba um conjunto de sintomas ligados a uma deterioração cognitiva gradual.
O foco primordial da pesquisa era identificar os mecanismos que colaboram para a condição o mais precocemente possível. Dado que não há cura, intervenções antecipadas podem contribuir para retardar o avanço dos sintomas.
Resultados da pesquisa
Na investigação, os cientistas identificaram associações significativas entre distúrbios do sono e o potencial risco de desenvolver demência ao longo de um período de 10 anos.
Os achados indicaram que a combinação de insônia no início do sono (dificuldade em adormecer em 30 minutos) e o uso de medicamentos para dormir pode aumentar a probabilidade de desenvolver demência.
De maneira intrigante, observou-se que a insônia na manutenção do sono (dificuldade em voltar a dormir após acordar) foi relacionada a um risco menor dessa condição cerebral.
Roger Wong, autor principal do estudo, comentou: “Antecipávamos que a insônia no início do sono e o uso de medicamentos para dormir aumentassem o risco de demência, mas ficamos surpresos ao constatar que a insônia na manutenção do sono diminuiu o risco de demência”.
A pesquisa utilizou dados do Estudo Nacional de Tendências de Saúde e Envelhecimento (NHATS), abrangendo indivíduos com 65 anos ou mais nos Estados Unidos. Além disso, apenas foram incluídas pessoas livres de demência no início de 2011.
Apesar de apresentar resultados interessantes, a equipe enfatizou a necessidade de mais estudos para investigar outros distúrbios do sono e fatores de risco associados ao desenvolvimento da demência.