Dismorfia corporal: quando a obsessão pela aparência vira um transtorno sério
A dismorfia corporal vai muito além da vaidade; entenda os sinais, impactos emocionais e a importância de buscar ajuda
Em uma sociedade cada vez mais centrada na aparência, é comum que as pessoas se preocupem com a própria imagem.
No entanto, quando essa preocupação se transforma em uma obsessão por supostos defeitos físicos, mesmo que pequenos ou inexistentes, pode indicar um caso de transtorno dismórfico corporal (TDC), também conhecido como dismorfia corporal.
Esse transtorno mental pode comprometer seriamente o bem-estar emocional e o cotidiano da pessoa, afetando suas relações, autoestima e produtividade.
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Sinais que merecem atenção
Pessoas com TDC geralmente manifestam comportamentos compulsivos e uma autoimagem distorcida. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:
- Preocupação excessiva com imperfeições físicas mínimas ou inexistentes.
- Evitar espelhos ou, ao contrário, passar muito tempo se observando neles.
- Uso exagerado de maquiagem, roupas ou acessórios para esconder falhas percebidas.
- Isolamento social, medo de ser fotografado ou ansiedade extrema em eventos públicos.
- Busca constante por reafirmação sobre a aparência, sem nunca se sentir satisfeito.
- Procedimentos estéticos repetitivos ou desnecessários.
Além desses comportamentos, o TDC costuma vir acompanhado de baixa autoestima, ansiedade e depressão.
Em casos mais graves, pode levar a automutilação, abuso de substâncias e pensamentos suicidas.
Causas e tratamento
Segundo a Universidade Johns Hopkins, o transtorno pode resultar de uma combinação de fatores genéticos, psicológicos e ambientais.
Experiências como bullying, críticas constantes ou comparações sociais durante a infância e adolescência estão frequentemente ligadas ao início do quadro.
Mesmo sendo uma condição grave, a dismorfia corporal tem tratamento. As abordagens mais eficazes incluem:
- Terapia cognitivo-comportamental (TCC): ajuda a reestruturar os pensamentos negativos sobre o corpo.
- Medicação antidepressiva, especialmente os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS).
- Em alguns casos, o tratamento combinado entre psicoterapia e medicamentos apresenta os melhores resultados.
Reconhecer os sinais e buscar ajuda especializada o quanto antes é fundamental para que a pessoa possa retomar uma vida com mais equilíbrio emocional e autoconfiança. O TDC não é vaidade — é um transtorno mental que merece atenção e cuidado.