Doença hepática mortal afeta mais de 1 a cada 3; veja sinais
Uma vez que a condição hepática atinge o estágio final, ela pode se tornar fatal, pois o fígado não pode mais funcionar
As condições hepáticas nem sempre chamam a atenção nos estágios iniciais, deixando muitos pacientes sem conhecimento de que sofrem com elas. Uma pesquisa recente concluiu que mais de um em cada três adultos vive com uma doença hepática mortal.
O estudo apresentado no encontro da Endocrine Society em Chicago, nos EUA, alertou que a condição não para no fígado, pois pode levar a doenças cardiovasculares, câncer ou diabetes tipo 2.
Conhecida como doença hepática gordurosa não alcoólica pode ser desencadeada por obesidade, alto nível de açúcar no sangue e altos níveis de gorduras no sangue, que são resultado de escolhas de estilo de vida ruins.
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Embora os estágios iniciais da condição geralmente não causem nenhum dano, ela pode progredir e resultar em inflamação, cicatrizes e até insuficiência hepática.
De acordo com o estudo, a porcentagem de pessoas com a doença aumentou de 16% em 1988 para 37% em 2018 – um aumento de 131%.
Além disso, uma porcentagem maior de pessoas mais jovens na faixa dos 30 e 40 anos está desenvolvendo a doença.
Descobertas
A equipe do estudo analisou três décadas de dados de 32.726 pessoas que participaram de uma pesquisa nacional de saúde nos Estados Unidos.
Eles descobriram que, no geral, tanto a doença hepática gordurosa não alcoólica quanto a obesidade aumentaram com o tempo, com o aumento da doença hepática maior do que o aumento da obesidade.
Segundo os pesquisadores, isso sugere que outros fatores de risco, como diabetes e hipertensão, também podem estar contribuindo para esse aumento de casos.
Embora o álcool não seja o principal gatilho para a doença hepática gordurosa não alcoólica, beber pode piorar a condição, assim como alimentos gordurosos processados.
Sintomas para se atentar
Nos quadros leves, a doença não provoca sintomas, estes são percebidos quando aparecem as complicações da doença. Inicialmente, as queixas são dor, cansaço, fraqueza, perda de apetite e aumento do fígado.
Nos estágios mais avançados de esteato-hepatite, caracterizados por inflamação e fibrose que resultam em insuficiência hepática, os sintomas mais frequentes são ascite (acúmulo anormal de líquido dentro do abdome), encefalopatia (doenças no encéfalo) e confusão mental, hemorragias, queda no número de plaquetas do sangue, icterícia (pele e olhos amarelados).