Entenda os tipos de TDAH e como identificar cada um

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um tema que desperta debates intensos e frequentemente controversos. Muitos o consideram um diagnóstico excessivamente aplicado, enquanto outros afirmam que é subdiagnosticado e mal compreendido.

A forma com que seus sintomas se manifestam varia significativamente entre indivíduos, principalmente porque há tipos diferentes do transtorno. Cada um tem sintomas diferentes e os tratamentos são baseados nesses sintomas.

Algumas pessoas podem apresentar predominância de sintomas de desatenção, enquanto outras podem ser mais afetadas pela hiperatividade e impulsividade. Além disso, a intensidade e a frequência dos sintomas podem diferir de uma pessoa para outra.

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Subtipos de TDAH

Os subtipos do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) de acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) são:

• Primariamente desatento

Caracterizado principalmente por sintomas de desatenção, como dificuldade em manter o foco, seguir instruções, organizar tarefas e evitar distrações. Este subtipo costuma ser associado a menos hiperatividade e impulsividade.

• Primariamente hiperativo-impulsivo

Caracterizado principalmente por sintomas de hiperatividade e impulsividade, como inquietação, dificuldade em permanecer sentado, agir sem pensar nas consequências, interromper os outros e dificuldade em esperar a sua vez. Neste subtipo, os sintomas de desatenção podem ser menos proeminentes.

• Combinado

Caracterizado pela presença de sintomas tanto de desatenção quanto de hiperatividade-impulsividade. Este é o subtipo mais comum de TDAH, no qual os indivíduos apresentam uma variedade de sintomas de ambos os grupos.

O que causa o TDAH? 

 As causas do TDAH são multifatoriais. Alguns estudos apontam que as pessoas com TDAH possuem alterações na região frontal e nas suas conexões com o resto do cérebro. Essa região cerebral é responsável pela inibição do comportamento inadequado.  

 Além disso, há a questão da hereditariedade. Sabe-se que filhos e filhas de quem tem TDAH são mais suscetíveis a terem o transtorno.  

Há ainda pesquisas que apontam que o TDAH ocorre devido a uma alteração  nos neurotransmissores (dopamina e noradrenalina) que estabelecem as conexões entre os neurônios. 

Como é o diagnóstico?

O diagnóstico de TDAH se baseia na avaliação clínica de sintomas persistentes e prejudiciais em múltiplos contextos, como em casa, na escola ou no trabalho.

No entanto, diagnósticos podem ser desafiadores devido à sobreposição de sintomas com outras condições, como ansiedade, depressão e transtornos de aprendizagem.

Além disso, há preocupações legítimas sobre o diagnóstico excessivo, especialmente entre crianças em idade escolar.

Quais são as formas de tratamento par TDAH?

 Depois do diagnóstico, é importante que a pessoa tenha um acompanhamento médico. Alguns medicamentos ajudam a controlar os sintomas, já que estes liberam substâncias químicas do cérebro para controlar os impulsos e ações. 

 A terapia comportamental é outra estratégia possível para diminuir a impulsividade e os comportamentos inadequados.  

Na escola podem ser necessárias intervenções com o acompanhamento psicopedagógico e o reforço escolar. Isso costuma facilitar o convívio com os colegas e melhorar a interação social.