‘Era prisioneira da depressão’, diz Andressa Urach
Ex-modelo fala sobre vícios e como venceu a depressão e as crises de ansiedade
A ex-modelo Andressa Urach voltou a ser assunto na mídia após o lançamento de seu livro “Desejos da Alma”, em que fala abertamente sobre seu passado de vícios, drogas, sexo e depressão.
Em entrevista ao programa “A Tarde é Sua”, da Rede TV, ela contou que – apesar do dinheiro e da fama – não era feliz. “Eu era viciada em cocaína, álcool, maconha, cigarro, balada, prostituição, em fama, vaidade, excesso de vaidade. Eu tinha muitos vícios. Eu achava que era livre, mas eu era prisioneira disso. Eu era prisioneira da depressão”, desabafou.
Em 2014, Andressa Urach quase morreu de infecção generalizada após aplicar hidrogel no bumbum e na perna. Ela ficou dias internada em estado gravíssimo. Segundo ela, tudo por conta do excesso de vaidade.
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Crises de ansiedade e síndrome do pânico
A ex-modelo conta que chegou a tomar antidepressivos todos os dias e sofria com síndrome do pânico, transtorno que consiste em uma sensação de medo ou mal-estar intenso acompanhada de sintomas físicos e cognitivos.
“Tinha nervosismo de sair na rua, cheguei a ter crises de ansiedade de estar em local público, rodeado de pessoas, de ficar nervosa, tremendo, com o coração acelerado”, lembrou em um vídeo publicado em seu canal. “As pessoas falam que é frescura quando você diz que está mal, que está sofrendo, mas só quem já passou por isso sabe”, afirmou.
Ela também conta que não sentia vontade de sair da cama, comportamento muito presente em pessoas que sofrem da depressão grave.
Ao contrário do que muitos pensam, no entanto, essa falta de reação típica de muitos quadros depressivos não é frescura, nem preguiça. Acontece que, em pessoas depressivas, há um desequilíbrio químico no cérebro, que afeta áreas relacionadas ao humor, energia, prazer, sono, entre outras. E por mais que a pessoa queira reagir, ela não consegue tão facilmente.
Urach fez tratamento por muitos anos com remédios, psicólogos e psiquiatras e garante hoje estar totalmente curada, tanto da depressão quanto do vício em drogas. “Estou tão feliz de me aceitar, me amar… Eu não preciso de um cílio postiço, unha postiça, acho que hoje o menos é mais, porque hoje eu sou livre”, afirma.
Sintomas da depressão
A depressão é muito mais do que tristeza. Essa última tende a ser passageira, geralmente, despertada por algum evento, como morte ou fim de relacionamento. Já a depressão trata-se de uma doença psiquiátrica de caráter crônico e com crises recorrentes.
De acordo com o médico psiquiatra Fernando Fernandes, do Instituto de Psiquiatria da USP (IPQ), observar alguns sintomas podem dar uma pista de quando a tristeza faz parte de um quadro patológico.
“Uma tristeza que não se resolve ao longo do tempo, muito desproporcional, sem motivos ou uma tristeza diferente de outras já vivenciadas diante de um problema semelhante são sinais que podem fazer pessoa suspeitar que aquilo não é uma tristeza normal”, explica.
O médico ainda cita angústia ansiedade, baixa auto-estima, insegurança e medo como sentimentos comuns em pessoas depressivas. Para saber outros sintomas e como identificar a doença em alguém continue lendo neste link.