Esclerose múltipla: fadiga e visão embaçada são alguns dos sinais

A atriz Claudia Rodrigues enfrenta a doença autoimune desde 2000

22/05/2018 18:33 / Atualizado em 25/03/2019 14:03

Claudia Rodrigues foi transferida do Rio para São Paulo
Claudia Rodrigues foi transferida do Rio para São Paulo - Reprodução/RedeTV!

A atriz Claudia Rodrigues, 47 anos, foi transferida na noite de ontem (23) para o Hospital Albert Einstein, na capital paulista. Não foi informado o estado de saúde. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, o quadro clínico da atriz não será detalhado “em respeito ao silêncio da família”.

Ela estava internada na Clínica São Vicente, na zona sul do Rio de Janeiro, desde a última quarta-feira (20).

Cláudia Rodrigues luta contra a esclerose múltipla desde 2000. A doença é autoimune e degenerativa e afeta o sistema nervoso central. Com isso, o paciente tende a perder a capacidade de controlar o corpo. Em casos graves, perde a capacidade de andar e de falar.

No caso da atriz, ela não reconhece mais as pessoas e está sem força para ficar de pé.

“Peço a você, seus amigos e familiares que participem dessa corrente de oração pela recuperação da comediante Claudia Rodrigues hoje (sábado) às 18h. Vamos parar e rezar um Pai Nosso para que ela volte para nós”, escreveu Adriane Bonato, empresária da atriz.

Dores crônicas também podem aparecer em pessoas com esclerose múltipla
Dores crônicas também podem aparecer em pessoas com esclerose múltipla - Getty Images/iStockphoto

A fadiga é um dos sintomas mais comuns apresentados por quem sofre da doença que ainda não tem cura. Geralmente o cansaço intenso se apresenta quando a pessoa faz um esforço físico. Esse é apenas um dos sinais da doença autoimune que afeta o cérebro, nervos ópticos e a medula espinhal (sistema nervoso central).

Estima-se que a esclerose múltipla atinja hoje no mundo 2,3 milhões de pessoas, sendo 35 mil brasileiras. Por se tratar de uma doença silenciosa, é preciso ficar atento aos sinais, que em geral começam a aparecer na faixa dos 20 aos 40 anos, especialmente em mulheres.

Os mais atingidos com a esclerose são os mais jovens, principalmente mulheres entre 20 e 40 anos, segundo dados da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz).

Sintomas

De acordo com a coordenadora do Instituto de Neurologia do Hospital Santa Paula, Renata Simm, os sintomas são variados, podem acontecer a qualquer momento e duram, em média, cerca de uma semana. Entre os sintomas estão:

– Perda da visão, visão dupla ou embaçada

– Incontinência urinária

– Fraqueza em partes do corpo

– Dificuldade de engolir

– Formigamento das pernas ou de um lado do corpo

– Desequilíbrio

– Falta de coordenação motora

– Fadiga desproporcional à atividade realizada

– Dores crônicas

– Disfunção erétil nos homens

– Diminuição de lubrificação vaginal nas mulheres

Diagnóstico

A primeira coisa a ser feita em caso de suspeita de esclerose múltipla é buscar ajuda de um médico neurologista. Como existe uma série de doenças inflamatórias e infecciosas com sintomas parecidos, somente o médico saberá identificar.

O diagnóstico é clínico, baseado no relato do paciente e em exames, como a ressonância magnética do cérebro e o exame do líquido da medula espinhal.

Tratamento

Embora a esclerose múltipla ainda não tenha cura, há tratamentos que ajudam a atenuar os afeitos e desacelerar a progressão da doença. Hoje, no Brasil, já existem diversas opções de tratamento, através de cápsula oral diária ou injeções.

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