Espermidina pode prolongar vida e evitar doenças como câncer
Já pensou se alimentos comuns pudessem ajudar na longevidade e ainda evitar certos tipos de câncer e outras doenças? É o que acreditam pesquisadores de Universidade Texas A&M, nos Estados Unidos.
Segundo o estudo inicial feito em laboratório, comidas ricas em espermidina poderiam ajudar a evitar fibrose hepática e carcinoma hepatocelular, que é o tipo mais comum de câncer de fígado. Também há indícios que o consumo da substância possa prolongar a vida.

Queijos envelhecidos, cogumelos, produtos à base de soja, legumes, milho e grãos integrais são ricos em espermidina, um tipo de composto chamado de poliamina.
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Pesquisadores realizaram testes com ratos, dando-lhes um suplemento oral e descobriram que os que receberam o composto viviam mais e eram menos propensos que os indivíduos não tratados a ter fibrose hepática e tumores cancerígenos do fígado, mesmo quando havia predisposição para desenvolver essas doenças.
Leyuan Liu, PhD, professor assistente do Instituto Texas A & M de Biociências e Centro de Tecnologia para Pesquisa de Câncer Translacional, também afirmou que os animais tratados tiveram uma vida mais longa.
“É um aumento grande na vida útil dos animais, quase 25%. Em termos humanos, isso significaria que em vez de viver até cerca de 81 anos, o americano médio poderia viver mais de 100 anos”, completou Liu.
Mas, segundo ele, para ter efeito similar ao dos estudos, as pessoas precisariam começar a ingerir espermidina a partir do momento em que começam a comer alimentos sólidos para obter esse tipo de melhoria significativa em sua vida. Os animais tratados com certa idade só tiveram um aumento de 10% na longevidade.
Ainda assim, mesmo os ratos expostos tardiamente ao tratamento apresentaram reduções nas lesões hepáticas e na intensidade da fibrose hepática, uma condição que muitas vezes leva ao câncer de fígado.

Para o pesquisador, a ingestão de espermidina em longo prazo pode ser possível para os seres humanos e, eventualmente, pode até ser transformada em um suplemento seguro.
“A espermidina é um produto naturalmente encontrado nos alimentos, então esperamos que tenha efeitos colaterais mínimos. Os próximos passos seriam ensaios clínicos em humanos para determinar a segurança e a eficácia” afirma.
O professor, entretanto, recomenda cautela quanto ao consumo exagerado desses alimentos, já que os estudos estão em fase inicial e precisam ser aprofundados para que se saiba se há benefícios similares em humanos.
“Ainda é cedo, mas talvez um dia essa abordagem ofereça uma nova estratégia para prolongar o tempo de vida, prevenir ou reverter a fibrose hepática e prevenir, retardar ou curar o carcinoma hepatocelular em seres humanos’, completa.