Esta vitamina ajuda a reduzir o risco de câncer de intestino

Aumentar a quantidade desta vitamina através da dieta ou de suplementos pode ajudar a reduzir em até 7% o risco da doença

Por Maíra Campos em parceria com João Gabriel Braga (Médico Generalista - CRMGO 28223)
01/09/2024 06:31 / Atualizado em 02/09/2024 15:32

Um estudo recente lançou uma nova perspectiva sobre a prevenção do câncer de intestino, ou colorretal, destacando que a vitamina B9, também conhecida como folato, pode desempenhar um papel significativo na redução do risco da doença.

A descoberta foi publicada no The American Journal of Clinical Nutrition. A pesquisa é de cientistas do Imperial College London.

A pesquisa, a maior desse tipo até o momento, analisou dados de mais de 70 mil indivíduos para identificar variantes genéticas relacionadas à forma como o folato, seus suplementos e o folato total podem influenciar o risco de câncer colorretal.

Vitamina B9 pode reduzir em 7% o risco de câncer de intestino, segundo estudo
Vitamina B9 pode reduzir em 7% o risco de câncer de intestino, segundo estudo - iSTock

Resultados

Os resultados revelaram que para aqueles que mantêm uma dieta rica em vitamina B9, presente em vegetais de folhas verdes como espinafre, repolho e brócolis, o risco de desenvolver câncer de intestino diminuiu em até 7% para cada 260 microgramas de aumento no consumo de folato.

Isso corresponde a 65% da quantidade diária recomendada, que é de 400 microgramas.

Quais são os benefícios do folato para a saúde?

Além de sua contribuição na prevenção do câncer colorretal, o folato desempenha um papel essencial na produção de glóbulos vermelhos, sendo particularmente crucial para mulheres grávidas ou que estão tentando engravidar.

O estudo também explorou interações genéticas comuns e o folato, assim como o uso de ácido fólico em relação ao risco de câncer colorretal.

Os pesquisadores concluíram que uma região específica do genoma pode modificar a relação entre os suplementos de folato e o risco de câncer, embora seja necessário realizar mais pesquisas para identificar os genes envolvidos e sua influência.

O estudo enfatiza a relevância dos alimentos ricos em folato como parte de uma dieta saudável e sugere promissores indícios de como o folato pode influenciar o risco de câncer através de diferentes genes, abrindo espaço para futuras investigações.

É importante destacar ainda que pessoas  com doença hepática grave e distúrbio de coagulação sanguínea, além das alérgicas à B9 não devem consumi-la. Além disso, a introdução na dieta deve ser acompanhada e recomendada por profissionais de saúde, afim de trazer todos esses benefícios e não interferir em nenhum outro tratamento previamente instituído.