Cientistas identificam a melhor idade para ter um bebê

Cientistas descobrem que é mais seguro para as mulheres terem filhos em uma janela específica de nove anos

Cientistas descobrem qual a melhor idade para ter um bebê
Créditos: vernonwiley/istock
Cientistas descobrem qual a melhor idade para ter um bebê

Pesquisadores da Hungria descobriram qual é o melhor idade para uma mulher ter filhos. Segundo eles, dar à luz entre 23 e 32 anos reduz as chances de a criança nascer com defeitos congênitos.

Fora dessa janela, foram comuns problemas cardíacos entre os recém-nascidos, assim como problemas nervosos para mães com menos de 20 anos e fenda palatina para aqueles nascidos de mães com 30 e 40 anos.

Os pesquisadores disseram que as descobertas podem ajudar a garantir que as mulheres que têm filhos em idades mais avançadas recebam os cuidados adequados.

Problemas da maternidade adiada

A idade média que as mulheres escolhem para ter filhos vem aumentando há anos. Essa é uma tendência do mundo desenvolvido. Muitas, hoje em dia, se arriscam a engravidar aos 40 anos.

Porém, pesquisas já mostraram que ter um filho com 35 anos ou mais pode aumentar o risco de problemas para a mãe, incluindo aborto espontâneo, pressão alta e diabetes gestacional.

Já as crianças podem estar em maior risco de defeitos congênitos, parto prematuro e problemas cromossômicos como a síndrome de Down.

Detalhes do estudo

O estudo mais recente, publicado no BJOG: An International Journal of Obstetrics & Gynaecology, analisou quais defeitos congênitos não genéticos podem ocorrer quando as mães estão em idades inferior a 23 anos e superior aos 32.

Os pesquisadores analisaram 31.128 gestações complicadas por distúrbios não cromossômicos do desenvolvimento.

Em geral, o risco de problemas não cromossômicos foi 20% maior para mulheres que deram à luz com menos de 22 anos e 15% maior acima de 32.

O risco de problemas no sistema nervoso central, afetando o desenvolvimento do cérebro e da coluna, foi 25% maior em nascimentos com menos de 22 anos.

Distúrbios que afetam a cabeça, pescoço, orelhas e olhos foram duas vezes mais prováveis ​​em mães mais velhas, disseram os pesquisadores.

Os pesquisadores supõem que os problemas entre as mães jovens podem ser devido a fatores de estilo de vida – como tabagismo e consumo de drogas ou álcool.

Entre mães de idade avançada, efeitos ambientais como exposição a produtos químicos e poluição do ar, a deterioração dos mecanismos de reparo do DNA e o envelhecimento dos óvulos e do endométrio também podem desempenhar um papel importante.

No entanto, os cientistas defendem mais pesquisas para identificar as causas exatas.