Estes 4 fatores podem causar doença de Crohn; veja os riscos e sintomas

Chamada de doença de Crohn, a síndrome acomete o sistema gastrointestinal, principalmente o intestino delgado e o cólon.

É uma condição séria, que atinge profundamente os tecidos, aumentado o risco de desenvolvimento de câncer no intestino.

A doença pode afetar pessoas em qualquer fase da vida, embora seja mais comum entre 20 e 40 anos. Segundo a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), a incidência média da doença de Crohn e da retocolite, no Brasil, está em torno de 7 a cada 100 mil habitantes.

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O que causa a doença de Crohn?

Ainda é incerto o que exatamente leva ao desenvolvimento da doença de Crohn. No entanto, especialistas acreditam que uma combinação de fatores genéticos, imunológicos e ambientais tenha uma forte contribuição.

Indivíduos com histórico familiar de doença de Crohn têm uma maior probabilidade de desenvolvê-la, segundo estudos. Alguns genes, vinculados ao sistema imunológico e à reação inflamatória, são potencialmente fatores de risco para o surgimento da doença.

O sistema imunológico é outra peça chave na compreensão das causas da doença. A doença de Crohn se manifesta quando o corpo ataca erroneamente células saudáveis do trato gastrointestinal, produzindo assim uma constante inflamação. Esta responsabilidade do sistema imunológico pode gerar danos nas paredes intestinais e sintomas próprios da doença.

Ainda, fatores ambientais, entre eles elementos da alimentação, estresse e ansiedade, exposição a bactérias específicas e outros, podem desencadear o surgimento da doença em pessoas geneticamente suscetíveis a ela.

O tabagismo também parece contribuir, tanto para o desenvolvimento como para a ocorrência periódica de exacerbações (ataques ou crises) da doença de Crohn.

Sinais de alerta

O paciente com Doença de Crohn apresenta sintomas como:

• Dor abdominal;
• Diarreia crônica às vezes com presença de sangue;
• Cólicas;
• Febre;
• Sangramento retal;
• Fraqueza;
• Perda de apetite e de peso.

Além disso, lesões na pele, inflamação ocular e cálculos renais podem estar associados à condição.

Vale destacar que esses sintomas podem variar de pessoa para pessoa. Portanto, o ideal é consultar um médico para um diagnóstico personalizado.

Diagnóstico da doença

Para diagnosticar a doença de Crohn, o médico gastroenterologista pode indicar a realização de exames diversificados, que incluem endoscopia, colonoscopia, raios X, ultrassonografia e ressonância magnética.

Tais medidas permitem excluir outros diagnósticos e confirmar a presença da doença.

Tratamento da doença de Crohn

O tratamento para a doença de Crohn pode variar de pessoa para pessoa e depende da gravidade. A doença ainda não tem cura, então o tratamento visa reduzir a inflamação e melhorar os sintomas, uma vez que, em estágios avançados, a doença pode causar obstrução intestinal.

Nos casos mais graves, o uso de medicamentos imunossupressores e procedimentos cirúrgicos podem se fazer necessários para diminuir a inflamação.

Possíveis complicações

A Doença de Crohn, por ser inflamatória, pode evoluir para complicações sérias quando não tratada corretamente, entre elas constam:

• Obstruções intestinais;
• Formação de novos canais (fístulas) entre outras partes do intestino ou outros órgãos;
• Ocorrência de úlceras (até mesmo na boca);
• Aumento do risco de câncer de cólon e reto.

Como evitar o agravamento?

Pessoas que sofrem com a doença de Crohn podem ter uma vida normal quando estão em remissão. Alguns hábitos simples podem auxiliar na prevenção de crises, como:

• ter uma dieta balanceada;
• evitar situações de estresse;
• controlar o peso;
• praticar atividade física moderada;
• não fumar.

Apesar de sua natureza crônica, os pacientes com doença de Crohn podem levar uma vida normal, contanto que o acompanhamento médico seja feito regularmente.

Evaristo Costa enfrenta a doença

Um exemplo de enfrentamento da doença de Crohn é o Evaristo Costa. O jornalista está internado desde a última sexta-feira, 12, por complicações da doença.

Morando na Inglaterra, ele revelou que foi diagnosticado com a patologia há 4 anos. A internação foi necessária após Evaristo apresentar sintomas como diarreia, febre e perda de peso.

O jornalista também destacou a baixa imunidade que a condição traz, que deixa o corpo mais sujeito a infecções, como uma que afetou sua perna recentemente.

“Dessa vez acabei surpreendido com uma sepse urinária. Ainda bem que me mexi a tempo e estou recebendo o tratamento adequado num hospital de excelência do NHS (gratuito)”, explicou em uma publicação no Instagram.