Estudo aponta situações que podem elevar risco de Alzheimer
A pesquisa avaliou situações específicas e a possível conexão com indicadores biológicos associados ao Alzheimer
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta a memória, o pensamento e o comportamento. A estimativa é que cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo vivam com Alzheimer, sendo que a previsão é que esse número triplique até 2050, representando um grande desafio de saúde pública.
Um estudo recente, publicado na Annals of Neurology, destaca uma correlação preocupante, particularmente relevante em contextos de alta pressão emocional, como os encontrados no Brasil, considerado um dos países com maiores níveis de estresse e ansiedade globalmente.
O que aumenta o risco de Alzheimer?
Segundo o estudo, as situações de estresse experimentadas durante a meia-idade pode desempenhar um papel significativo no desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e outras demências, mais tarde na vida.
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A pesquisa, realizada em Barcelona, envolveu a análise de mais de mil indivíduos. O objetivo era avaliar seus históricos de eventos estressantes e a possível conexão com indicadores biológicos associados ao Alzheimer.
Os cientistas avaliaram situações de estresse universalmente reconhecidas, como crise financeira, desemprego, divórcio ou luto.
A inflamação cerebral, ou neuroinflamação, foi um dos pontos de foco do estudo, elencado entre os principais marcadores de doenças neurodegenerativas.
Qual é o impacto do estresse na saúde neurológica?
Apesar da hipótese inicial de que o estresse generalizado poderia incrementar os riscos de neuroinflamação, os resultados mostraram uma realidade mais complexa.
O estudo sugeriu que há uma estrutura temporal nessa relação, sendo as situações estressantes vividas na meia-idade particularmente vinculados ao acúmulo de betamiloide, uma proteína relacionada ao Alzheimer.
Além disso, foi observado que mulheres e pessoas com histórico de doenças neurológicas são mais suscetíveis a esses impactos.
Embora o estudo seja preliminar, ele joga luz sobre a necessidade de pesquisas mais aprofundadas para compreender plenamente a dinâmica entre estresse e neurodegeneração.
Também reforça a importância de estratégias preventivas direcionadas ao bem-estar mental, visto que evidências sugerem a neuroproteção como um benefício adicional do gerenciamento do estresse.
O que devemos fazer para evitar o Alzheimer?
Práticas como atividade física, meditação, suporte social, terapia e até conexão espiritual foram recomendadas como métodos potencialmente eficazes para mitigar os riscos associados.
Embora não haja uma maneira garantida de prevenir o Alzheimer, também pode ajudar manter uma dieta balanceada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais, peixes e gorduras saudáveis, monitorar a glicose, a pressão arterial e o colesterol, evitar fumar e limitar o consumo de álcool.