Estudo descobre alimento que pode tornar o cérebro mais jovem

Vegetal é repleto de carotenoides, vitamina C, vitamina K, ácido fólico, ferro e cálcio

Um novo estudo sugere que um determinado alimento pode tornar o cérebro 19 anos mais jovem. Isso porque ele reduziria o número de placas amilóides e emaranhados tau no cérebro – consideradas biomarcadores de Alzheimer.

Apesar do achado, a pesquisa destaca que hábitos de vida saudáveis ​​são as maiores armas para o arsenal de proteção contra a demência.

A pesquisa publicada na revista Neurology descobriu que as pessoas que comiam as maiores quantidades do espinafre, ou sete ou mais porções por semana, tinham quantidades de placas em seus cérebros correspondentes a serem quase 19 anos mais jovens do que as pessoas que comiam menos.

Espinafre pode melhorar a saúde do cérebro, segundo pesquisa
Créditos: ZeynepKaya/istock
Espinafre pode melhorar a saúde do cérebro, segundo pesquisa

Mas segundo o autor principal do estudo, o benefício parece se estender para outros vegetais folhosos verdes.

“Nossa descoberta de que comer mais vegetais de folhas verdes está associado a menos sinais da doença de Alzheimer no cérebro é intrigante o suficiente para que as pessoas considerem adicionar mais desses vegetais à sua dieta”, disse o pesquisador Puja Agarwal.

Detalhando o estudo

O estudo analisou 581 pessoas, com idade média de 84 anos no momento da avaliação da dieta.  Elas concordaram em doar seus cérebros na morte para apoiar essa pesquisa sobre demência.

Esses participantes preencheram questionários anuais detalhando quantos itens alimentares em várias categorias eles comeram.

Cerca de 39% dos participantes do estudo foram diagnosticados com demência antes de morrer. Já outros 66% preencheram os critérios para a doença de Alzheimer quando examinados após a morte.

Na autópsia, a equipe examinou os cérebros dos participantes para determinar a quantidade de placas amilóides e emaranhados tau.

Pesquisadores autopsiaram os cérebros dos participantes
Créditos: Vladimir Zapletin/istock
Pesquisadores autopsiaram os cérebros dos participantes

Ambos os marcadores são encontrados no cérebro de pessoas com doença de Alzheimer. Mas também podem se esconder no cérebro de pessoas mais velhas com cognição normal.

Os pesquisadores então classificaram a qualidade da dieta de cada pessoa usando os dados dos questionários alimentares que coletaram.

Depois, os pesquisadores ajustaram os dados para fatores como idade na morte, sexo, educação, ingestão total de calorias e predisposição genética para a doença de Alzheimer.

Então, eles descobriram que as pessoas que aderiram à dieta mediterrânea tinham quantidades médias de placas e emaranhados em seus cérebros semelhantes a serem 18 anos mais jovem do que os demais participantes.

A dieta mediterrânea recomenda vegetais, frutas e três ou mais porções de peixe por semana.

Segundo Agarwal, os resultados são empolgantes. “Embora nossa pesquisa não prove que uma dieta saudável resultou em menos depósitos cerebrais de placas amilóides, também conhecidas como um indicador da doença de Alzheimer, sabemos que existe uma relação”, disse.

O estudo concluiu que seguir uma dieta saudável com vegetais folhosos pode ser uma maneira de as pessoas melhorem a saúde do cérebro e protegerem a cognição à medida que envelhecem.

Estudo de Harvard mostra relação da demência com a poluição do ar

Segundo um estudo realizado pela Universidade de Harvard, a poluição do ar pode estar diretamente ligada ao aumento do risco de demência em idosos.

A pesquisa acompanhou 63.038 mulheres de 70 a 81 anos durante 10 anos e descobriu que aquelas que moravam em áreas com altos níveis de poluição do ar eram mais propensas a desenvolver demência. Os pesquisadores observaram que, para cada aumento de 1 μg/m³ de material particulado fino (PM2,5), o risco de demência aumentou em 16%.

Veja mais sobre o estudo aqui.