Estudo descobre que celular prejudica os espermatozoides; entenda

Estudos anteriores demonstraram que a qualidade do sêmen diminuiu nos últimos 50 anos

06/11/2023 18:20

Um novo estudo indicou que o uso frequente do telefone celular pode estar associado a uma menor concentração e contagem total de espermatozoides.

No entanto, os pesquisadores não encontraram qualquer associação entre o uso dos dispositivos e a baixa motilidade (movimento) e morfologia (forma) dos espermatozoides.

Uso do telefone celular afeta a contagem de espermatozoides
Uso do telefone celular afeta a contagem de espermatozoides - iLexx/istock

A pesquisa também indica que o local onde o celular foi guardado – como os bolsos das calças – não estava ligado a níveis mais baixos de concentração e contagem.

Por outro lado, o número de pessoas que afirmaram não carregar o telefone perto do corpo foi demasiado pequeno para tirar uma conclusão firme sobre este ponto.

Vários fatores ambientais e de estilo de vida poderiam explicar o declínio na qualidade do sêmen observado nos últimos 50 anos.

Mas nenhum outro estudo demonstrou que papel da radiação eletromagnética que sai dos aparelhos tem ligação com isso.

Detalhes do estudo

Os investigadores analisaram dados de 2.886 homens suíços com idades entre os 18 e os 22 anos, em seis centros de recrutamento militar.

Eles descobriram que a concentração de espermatozoides era significativamente maior no grupo de homens que não usavam o telefone mais de uma vez por semana (56,5 milhões por mililitro), em comparação com os homens que usavam o telefone mais de 20 vezes por dia (44,5 milhões por mililitro). Uma diferença de 21%.

Esta disparidade diminuiu ao longo do estudo, sugerindo que o 4G pode ser menos prejudicial do que o 2G.

Como é a avaliação dos espermatozoides?

A qualidade do sêmen é determinada pela avaliação de fatores como concentração espermática, contagem total de espermatozoides, motilidade e morfologia espermática.

Estudos anteriores demonstraram que a qualidade do sêmen diminuiu nos últimos 50 anos, com uma combinação de fatores ambientais (pesticidas, radiação) e hábitos de vida (dieta, álcool, estresse, tabagismo) considerados contribuintes.

Apesar das descobertas, publicadas na revista Fertility and Sterility, os especialistas dizem que não há motivo para alarme.

Os pesquisadores sugerem àqueles homens que querem ter filhos que façam exercícios, sigam uma dieta balanceada, mantenham um peso saudável, evitem fumar e limitem o consumo de álcool.