Estudo experimental promove remissão do câncer de todos os participantes
Embora a amostragem do estudo seja pequena, os resultados surpreenderam aos pesquisadores
Um tratamento experimental de imunoterapia utilizando o medicamento dostarlimab parece ser um caminho de sucesso a ser explorado contra o câncer. Em estudo pequeno realizado pelos cientistas do Memorial Sloan Kettering (MSK) Cancer Center, em Nova York, a terapêutica conseguiu promover a remissão da doença de todos os 12 participantes, um resultado nunca antes visto.
Todos os pacientes tinham câncer retal em estágio inicial e ficaram livres da doença, sem a necessidade de quimioterapia ou cirurgia, após seis meses de tratamento com a droga.
Apesar da amostragem ser pequena, os pontos positivos do estudo foram uma surpresa para os cientistas que publicaram o resultado da pesquisa no New England Journal of Medicine.
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Além de os 12 envolvidos no experimento se livrarem da doença e não apresentarem nenhum vestígio de câncer em qualquer parte do corpo, eles não sofreram efeitos adversos graves.
O que é o dostarlimab?
A droga é um anticorpo monoclonal inibidor de controle, projetada para induzir as células imunes a reconhecerem e atacarem células do câncer. Ele foi aprovado pela primeira vez nos Estados Unidos para uso como tratamento contra o câncer no início de 2021.
No Brasil, o medicamento também tem aprovação da Anvisa e é indicado para o tratamento de pacientes adultos com câncer endometrial recorrente ou avançado com deficiência de enzimas de reparo (dMMR) ou alta instabilidade de microssatélite (MSI-H).
De acordo com a agência de saúde, a totalidade das evidências apresentadas demonstra que a monoterapia com dostarlimabe fornece um benefício clinicamente significativo em pacientes com esse tipo de câncer.
O medicamento, que leva o nome comercial de Jemperli, vem um frasco e seu conteúdo é injetável por via intravenosa (numa veia) durante 30 minutos por um médico ou enfermeiro em um centro médico ou centro de infusão.
Geralmente, é administrado uma vez a cada 3 semanas por 4 ciclos e, em seguida, uma vez a cada 6 semanas, de acordo com o protocolo médico.