Estudo revela 8 hábitos que prolongam a vida em 24 anos
Ao longo de oito anos, pesquisadores acompanharam mais de 700 mil pessoas, com idades entre 40 e 99 anos
Cientistas do Carle Illinois College of Medicine, nos Estados Unidos, indicaram oito hábitos que podem acrescentar 24 anos à vida.
O estudo sobre longevidade, conduzido de forma observacional, analisou dados médicos de 719.147 americanos entre 2011 e 2019. Eles tinham idades entre 40 e 99 anos.
Os resultados foram apresentados recentemente no Nutrition 2023, o congresso anual da Sociedade Americana de Nutrição, realizado em Boston.
Os participantes forneceram informações sobre atividade física, alimentação, padrões de sono, saúde mental e consumo de álcool. Ao longo dos anos, mais de 30 mil voluntários morreram.
Com base nesses dados, os pesquisadores identificaram oito hábitos que se mostraram associados a um menor risco de morte, quando adotados a partir dos 40 anos. São eles:
- Ter uma dieta saudável;
- Evitar o tabagismo;
- Reduzir o consumo excessivo de álcool;
- Garantir uma boa qualidade de sono;
- Praticar atividades físicas regularmente;
- Manter conexões sociais significativas;
- Aprender a lidar com o estresse;
- Evitar o uso de opioides.
Resultados do estudo
Homens e mulheres que seguiam esses oito fatores de estilo de vida ganharam, respectivamente, 24 e 21 anos de expectativa de vida aos 40 anos, em comparação com aqueles que não adotam esses hábitos.
O impacto é menor, mas ainda significativo, para pessoas que incorporam essas práticas aos 60 anos, por exemplo.
A inatividade física, uso de drogas (opioides) e tabagismo apresentaram as associações mais fortes com morte prematura: os participantes enfrentaram um risco de mortalidade 30% a 45% maior durante o período do estudo.
Por outro lado, o estresse, o consumo excessivo de álcool, a falta de sono adequado e uma alimentação inadequada foram associados a um risco 20% maior de morte durante o período analisado.
“Quanto mais cedo você começar, melhor, mas mesmo que faça pequenas mudanças aos 40, 50 ou 60 anos, ainda trará benefícios”, explicou Xuan-Mai T Nguyen, um das autoras do estudo.
Como se trata de um estudo observacional, a autora destaca que não pode provar de forma definitiva que a longevidade é causada pela mudança de hábitos, mas que os resultados estão alinhados com outras pesquisas anteriores.