Estudo revela o tipo de caminhada que retarda a progressão de Alzheimer

Uma pesquisa demonstrou que a prática regular de uma técnica de caminhada pode trazer benefícios significativos contra o Alzheimer

Caminhada que pode atrasar o progresso da doença de Alzheimer, segundo estudo
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Caminhada que pode atrasar o progresso da doença de Alzheimer, segundo estudo

Uma técnica simples de caminhada pode desacelerar o progresso da doença de Alzheimer, de acordo com uma pesquisa recente.

O estilo de caminhada tem mostrado benefícios, como perda de peso e proteção contra doenças do coração. Agora, cientistas italianos descobriram que a caminhada nórdica pode ajudar a manter a doença de Alzheimer sob controle, se praticada duas vezes por semana.

Segundo o estudo, a técnica pode ajudar a desacelerar a progressão da demência em pacientes nos estágios iniciais da doença.

Doença de Alzheimer e caminhada nórdica

A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, cujas principais causas são os acúmulos de proteínas no cérebro. Ainda não há cura para a doença.

No início, os sintomas podem ser mínimos, mas pioram conforme a doença causa mais danos ao cérebro. Problemas de memória são normalmente os primeiros sintomas da doença.

No estudo mais recente, publicado na revista Heliyon, os pesquisadores investigaram os efeitos da caminhada nórdica nos estágios iniciais de Alzheimer.

A caminhada nórdica surgiu na Finlândia
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A caminhada nórdica surgiu na Finlândia

Como funciona a caminhada nórdica?

Para a caminhada nórdica, as pessoas usam bastões para impulsionar o corpo para frente enquanto se faz uma caminhada rápida, utilizando quase o dobro de músculos do corpo em relação à caminhada comum.

Projetados ergonomicamente, os bastões têm a vantagem do envolvimento ativo na parte superior do corpo e nos braços, resultando em maior frequência cardíaca e gasto calórico.

Por não ter contraindicações, a atividade tem alcançado adeptos, principalmente entre a população mais velha. Ela ainda pode auxiliar no equilíbrio.

Vale destacar que, apesar de serem parecidos, esse bastão da caminhada nórdica não é igual aquele utilizado em trilhas e montanhas.

Conclusões dos cientistas

Os pesquisadores contaram com 30 adultos italianos para o estudo, todos diagnosticados com Alzheimer leve a moderado. Para a análise, eles foram divididos em dois grupos de 15. Cada grupo funcionou da seguinte forma:

  1. O primeiro recebeu o tratamento regular, incluindo terapia de orientação à realidade, musicoterapia e mais.
  2. Já o segundo grupo realizou os mesmos tratamentos e praticou a caminhada nórdica duas vezes por semana, durante 24 semanas.

Durante os últimos testes cognitivos do estudo, o segundo grupo, que realizou a atividade junto com o tratamento, teve um desempenho significativamente melhor do que o primeiro.

Eles apresentaram melhor memória, velocidade de processamento cerebral e capacidade de atenção, disseram os pesquisadores.

A equipe quer conduzir mais pesquisas com um grupo maior de pacientes para ver se os efeitos aparecem em mais pessoas.