Estudo revela qual dieta reduz risco de infecção por covid-19
Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) associou a dieta a menor incidência de covid-19
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) sugere que dietas baseadas em vegetais podem oferecer um escudo contra o novo coronavírus.
De acordo com a pesquisa, publicada na revista BMJ Nutrition Prevention & Health, pessoas que seguem uma dieta vegetariana possuem 39% menos chances de serem infectadas pelo vírus.
Menos carne, menos covid-19
Os cientistas observaram que a alimentação rica em vegetais, leguminosas e oleaginosas, e longe de laticínios e carnes, pode ajudar na prevenção da covid-19.
Dietas vegetais fornecem uma quantidade maior de nutrientes que favorecem o sistema imunológico e auxiliam na luta contra infecções virais.
“Os padrões alimentares baseados em plantas são ricos em antioxidantes, fitoesteróis e polifenóis, que afetam positivamente vários tipos de células implicadas na função imunológica e exibem propriedades antivirais diretas”, diz o estudo.
A pesquisa utilizou dados de 702 adultos voluntários, acompanhados entre março e julho de 2023, e divididos em grupos dietéticos: onívoros e vegetarianos. Os onívoros apresentaram uma incidência de covid-19 significativamente maior do que os grupos de dieta baseada em vegetais, sendo 52% contra 40%.
Vegetarianos e onívoros
Pessoas que seguem dietas predominantemente vegetais ou vegetarianas consomem mais vegetais, legumes e nozes, e menos ou nenhum laticínio e carne em comparação aos onívoros. Esses últimos também relataram uma taxa mais elevada de condições médicas e menos atividade física.
A prevalência de sobrepeso e obesidade também foi significativamente maior entre os participantes onívoros. Esses fatores, inclusive, estão associados a um maior risco de infecção pelo coronavírus e a sintomas e complicações mais graves.
Apesar das descobertas, os pesquisadores ressaltam que, uma vez que o estudo é observacional, não é possível estabelecer uma conexão causal direta entre os padrões de dieta e a redução no risco de infecção por covid-19.
Eles destacam a necessidade de uma investigação mais rigorosa e de alta qualidade antes de tirar quaisquer conclusões firmes.