Francês sem vacina da covid está em estado grave em Ribeirão Preto

Sequenciamento genômico descartou infecção pela variante Ômicron

Um francês está internado em estado grave com covid-19 em um hospital particular de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. O homem de 52 anos chegou ao Brasil em novembro e não está vacinado contra o coronavírus.

De acordo com o boletim médico, o francês está internado desde o dia 28 de novembro, mas teve uma piora na última sexta-feira, 3, quando precisou ser intubado.

Francês não vacinado contra a covid-19 foi infectado pela variante Delta
Créditos: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Francês não vacinado contra a covid-19 foi infectado pela variante Delta

O paciente foi submetido a um exame para saber se ele estava infectado com a variante Ômicron, já que ele havia chegado há poucos dias da Europa, mas o resultado deu negativo.

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, o  sequenciamento genômico feito pelo Instituto Adolfo Lutz apontou infecção pela variante Delta, a cepa predominante no Brasil.

De acordo com o G1, o homem chegou ao Brasil, vindo da França, no dia 13 de novembro acompanhado de um colega.

Dois dias depois, ambos apresentaram sintomas leves da covid-19 e ficaram em isolamento. Apenas um deles, no entanto, apresentou uma piora e precisou ser internado.

Vacinas evitam casos graves

A vacinação contra  a covid-19 não evitam 100% a contaminação, mas diminui as chances de quadro graves, hospitalizações e mortes.

Vacina contra a covid-19 protege contra infecção grave
Créditos: Istock/FG Trade
Vacina contra a covid-19 protege contra infecção grave

Um estudo feito pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas acompanhou pacientes internados por complicações de covid no estado de São Paulo, de janeiro a 15 de setembro deste ano. Quase nove em cada dez que precisaram de hospitalização não tinham completado a vacinação.

O número de óbitos pela doença foi quase 15 vezes maior entre os que não se imunizaram.

Além de evitar quadros graves, a vacina diminui a circulação do vírus. Quanto mais pessoas imunizadas, menos brecha para o coronavírus circular.