Fungo zumbi da série ‘The Last of Us’ existe; saiba onde é encontrado
Na vida real, esse microrganismo pode zumbificar a vida de pequenos insetos para sobreviver
O fungo zumbi, que na recém-adaptada série da HBO ‘The Last of Us’ infecta milhões e leva a humanidade à beira da extinção, existe na realidade e vem sendo estudado pela comunidade científica há muito tempo.
O microrganismo deriva de uma mutação em um tipo de fungo chamado Cordyceps e, embora não haja ameaça de tal apocalipse na vida real, os especialistas dizem que a ameaça potencial representada por diversos tipos de fungos não deve ser ignorada.
Ameaça a insetos
No caso do cordyceps da vida real, no entanto, não existe ameaça aos seres humanos. O microrganismo é do gênero ascomiceto, que cresce principalmente em insetos e outros artrópodes, impactando na vida de formigas, besouros e vespas.
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Duas semanas depois de atingir o inseto, o fungo já o infecta totalmente, e passa a controlar suas funções motoras, fazendo com que os insetos assumam comportamentos erráticos.
Depois, o fungo consome as estruturas de suas pequenas vítimas, deformando-as, exatamente como na ficção do game que inspirou a série. Zumbificar suas vítimas é a maneira que o microrganismo encontra para continuar existindo.
O Cordyceps pode ser facilmente encontrado em florestas tropicais em todo o mundo, principalmente na Amazônia.
Mas fungos podem ser ameaças a humanos?
Várias espécies de fungos são patógenos bastante proeminentes e matam centenas de milhares de pessoas todos os anos.
No ano passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que as infecções fúngicas ‘aumentaram significativamente’ durante a pandemia de covid-19 e lançou uma lista com os fungos que mais ameaçam a saúde pública.
O relatório da OMS, detalhando os “patógenos prioritários” fúngicos, alertou que algumas cepas são cada vez mais resistentes a medicamentos e estão se tornando mais difundidas.
Entre os considerados de alto risco estava o Aspergillus fumigatus, um fungo comum que se espalha no ambiente doméstico e ao ar livre, que pode causar “doenças pulmonares crônicas e agudas” e pode ser mortal.