Governo diz que pode começar a vacinar 5 dias após aval da Anvisa

Serão até 4 meses para vacinar os grupos prioritários e 1 ano para imunizar a população em geral

16/12/2020 08:38

O Ministério da Saúde prevê iniciar a vacinação contra a covid-19 em até cinco dias após a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Em um documento encaminhado Supremo Tribunal Federal (STF), na terça-feira, 15, o governo detalha as cinco fases do Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19.

A previsão é concluir a imunização em 16 meses. As primeiras quatro fases serão dedicadas ao grupo prioritário e levará quatro meses. Já para imunizar a “população em geral” serão 12 meses.

Governo prevê iniciar vacinação até 5 dias após autorização da Anvisa
Governo prevê iniciar vacinação até 5 dias após autorização da Anvisa - Inside Creative House/istock

O documento não fixa datas precisas. Segundo o governo não é possível fazer isso sem ter um vacina aprovada pela Anvisa. Até o momento, nenhum fabricante fez o pedido de registro ou uso emergencial à Agência.

As quatro primeiras fases da vacinação dos grupos prioritários:

Fase 1:  trabalhadores de saúde, pessoas com idade acima de 75 anos, pessoas de 60 anos ou mais que estejam institucionalizadas (em abrigos ou asilos, por exemplo) e indígenas (29.909.040 doses);

Fase 2 :  pessoas de 60 a 74 anos que não estejam em instituições de longa permanência (44.830.716 doses);

Fase 3:  pessoas com comorbidades (26.590.034 doses);

Fase 4:  professores (nível básico ao superior), forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional (7.012.572 doses).

Vacinas

Segundo o plano, o governo federal já garantiu 300 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 por meio de três acordos: Fiocruz/AstraZeneca (100,4 milhões de doses até julho de 2020 e mais 30 milhões de doses por mês no segundo semestre); Covax Facility (42,5 milhões de doses); Pfizer (70 milhões de doses ainda em negociação).

Para operacionalizar a campanha nacional de vacinação, o plano do governo prevê capacitação dos profissionais de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) e também um esquema de recebimento, armazenamento, expedição e distribuição dos insumos, que são o próprio imunizante, além das seringas e agulhas.